A informação foi avançada hoje à imprensa local, pela chefe de departamento da Acção Social Família e Igualdade do gênero, Ana Cassova Chinene, durante o acto de encerramento da jornada dos 16 dias de activismo contra a violência no género, aberta a 25 de Novembro passado. Quarenta queixas contra violência doméstica foram apresentadas por homens na província do Bié , de Janeiro a Novembro deste ano.
A responsável não avançou dados comparativos ao período anterior, mas disse que as denúncias apresentadas singiram-se nos casos infidelidade, falta de transparência na gestão orçamental do lar e mulheres que constroem residência sem o conhecimento do parceiro.
No mesmo período, Ana Cassova Chinene informou ainda o registro de outros 213 casos de violências perpetuadas por homens e mulheres a nível do Bié.
Destas, 198 foram por abandono familiar, 23 violência psicológicas enquanto a física sofreram 22 pessoas, sendo 15 mulheres e sete homens.
Já o responsável do INAC no Bié, Vasco Cambovo, informou que violência contra esta franja tem aumentado significativamente.
Em 2020, por exemplo, o Instituto Nacional da Criança no Bié registou 770 casos, contra 868 anotados este ano, com realce para agressões físicas e psicológicas, trabalho infantil e fuga à partenidade.
Os casos de violência física apontam actualmente para 226 mais 63 em relação a 2020, ao passo que a fuga a paternidade aumentou de 58 em 2020 para 132 em 2021.
O trabalho de exploração infantil registou até ao momento 366 contra os 354 de 2020.
Já os casos de abuso sexual houve 23, contra nove do ano passado.
No intender do responsável do INAC no Bié, Vasco Cambovo, o número de violências pode ser maior, a julgar pelas pessoas que ainda não fazem denúncias, e preferem resolver no âmbito familiar, fundamentalmente questões ligadas ao abuso sexual.
A jornada decorreu sob o lema ” Pinta o mundo de laranja, ponhamos o fim à violência contra as mulheres”.
Durante o acti, foram realizadas diversas palestras contra abusos de menores e outros tipos de violências.