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Angola: Hospital Geral de Benguela acusado de abandonar doentes com tumores “malignos”

O Hospital Geral de Benguela está a ser acusado de ter “abandonado” uma paciente que padece de um tumor no ventre, após ter sido operada na mesma unidade sanitária em Janeiro de 2019.

Trata-se da dona Delfina Njewa, cidadã angolana que reside na comuna do Monte-Belo, no município do Bocoio, província de Benguela.

Depois de ter sido submetida a uma intervenção cirúrgica no dia 8 de Janeiro de 2019, o Hospital Geral de Benguela decidiu atribuir a alta médica à paciente, mas segundo os familiares da Delfina Njewa, o seu quadro de saúde não favorável para continuar com o tratamento em casa,

O esposo da Delfina disse a este portal que o “doutor que efectuou a cirurgia, dizia que era necessário contactá-lo mensalmente para se inteirar da evolução da doente, mas sempre que lá vai com a paciente, o médico manda sempre alguém dizer que venham daqui a quinze dias”.

Ao O Decreto, dona Delfina Njewa lamentou que o seu quadro de saúde nos últimos dias, agravou-se com o aumento do tamanho da ferida e da inflamação por dentro, com as bactérias a tomar conta da mesma.

Os familiares apelam ao governador da Província de Benguela, Luís Nunes, no sentido de intervir com vista a salvar a vida da Delfina, que pode perder a vida caso o Hospital Geral continuar a “abandonar” a doente, que de acordo com os parentes precisa com urgência ser operada para retirar dentro si o tumor considerado “maligno”.

Este portal apurou que não é o único caso que se regista no município do Bocoio, pois, já são quatro pessoas supostamente acometidas com o mesmo tipo de inflamação, cujas causas, segundo fontes, são até ao momento desconhecidas.

Entretanto, o caso semelhante envolve uma criança do sexo masculino, que responde pelo nome de Esperançado Laurindo, pequeno que vive com seus pais, na comuna do Belo Monte e tem apenas um ano e um mês de idade.

Com o propósito de encontrar a cura do filho, os pais da criança decidiram então levá-lo ao mesmo Hospital Geral de Benguela (HGB), uma vez que, no município do Bocoio o centro de saúde existente.

Os pais dizem que, postos no HGB, a criança que ainda tinha dez meses de vida, foi operada, mas a cirurgia não surtiu os efeitos desejados, porquanto, a inflamação continua.

“Dez meses depois da operação, o cenário continua o mesmo, e o Doutor recusa-se a atender-nos novamente”, disse a mãe.

Para o pai da criança, o que está acontecer naquele o hospital do Estado “é um autentico terror, por isso, o governo devia rever essa situação, porque o povo já não está a ter confiança nos serviços médicos”, lamentou, acrescentando que “as pessoas vão aos hospitais em busca da saúde e não da morte”.

A redacção do O Decreto tentou, sem sucesso ouvir a direcção do Hospital Geral de Benguela.

 

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