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Angola: Jacob Zuma, “ex-Presidente da África do Sul”, entrega-se às autoridades policiais

Jacob Zuma entregou-se minutos antes de terminar o prazo limite para a sua detenção ordenada pelo Tribunal Constitucional. Foi considerado culpado por não obedecer à ordem do tribunal para comparecer perante a comissão que investiga alegações de grande corrupção durante o seu mandato de 2009 a 2018.

O ex-Presidente Jacob Zuma entregou-se esta quarta-feira à noite às autoridades policiais na África do Sul para cumprir uma pena de prisão de 15 meses por desrespeito à Justiça.

“Informamos que o Presidente Zuma decidiu cumprir a ordem de prisão. Ele está a caminho de um estabelecimento prisional dos Serviços Correccionais no KwaZulu-Natal”, referiu a Fundação Jacob Zuma nas redes sociais citada pela imprensa sul-africana.

Jacob Zuma entregou-se às autoridades minutos antes da meia-noite local (23h de Lisboa), o prazo limite para a sua detenção ordenada pelo Tribunal Constitucional, tendo sido escoltado pelos serviços de protecção presidencial.

Um porta-voz do Ministério da Polícia, Lirandzu Themba, confirmou que Jacob Zuma se entregou às autoridades policiais na noite desta quarta-feira.

O antigo chefe de Estado enviou horas antes uma carta à mais alta instância judicial do país a solicitar a proibição da execução da ordem de detenção enquanto aguarda o resultado de todos os processos judiciais, segundo a Fundação Jacob Zuma.

Esta é a primeira vez na história da África do Sul que um ex-Presidente é condenado a uma pena de prisão.

O Tribunal Constitucional da África do Sul condenou em 29 de Junho o ex-Presidente Jacob Zuma a 15 meses de prisão por desrespeito ao tribunal, ao recusar repetidamente cumprir a citação que lhe exigia o testemunho em investigações de corrupção. De acordo com a decisão, o antigo chefe de Estado sul-africano deveria entregar-se à polícia no prazo de cinco dias.

Zuma foi considerado culpado por não obedecer à ordem do tribunal para comparecer perante a comissão que investiga alegações de grande corrupção no Estado sul-africano durante o seu mandato presidencial de 2009 a 2018.

A polícia sul-africana destacou mais de 70 veículos, incluindo uma unidade de intervenção especial antimotim, para o local da residência oficial do ex-Presidente sul-africano na área rural de Nkandla, província do KwaZulu-Natal, litoral do país, segundo a imprensa local. Entre os meios policiais destacados contavam-se veículos blindados e canhões de água.

Os simpatizantes de Zuma permaneceram na rua após as 22h locais, em violação do recolher obrigatório decretado no âmbito do confinamento de nível 4 contra a covid-19 em vigor no país.

Desde o fim-de-semana, centenas de simpatizantes de Zuma congregaram-se junto à residência oficial de Zuma na área rural de Nkandla, KwaZulu-Natal, para evitar qualquer tentativa de a polícia prender o antigo chefe de Estado sul-africano.

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