O Orçamento Geral do Estado (OGE) para 2021 apresentado pelo governo, prevê um aumento de cerca de 10% para as despesas da Casa de Segurança do Presidente da República.
Cerca de 120 mil milhões de kwanzas, é o montante atribuído a este órgão de apoio de João Lourenço. O economista Carlos Rosado, lamentou, esta manhã no seu espaço de análise na MFM, que as verbas para todo sector da justiça, estejam muito abaixo das previstas só para a Casa de Segurança, pois outras estruturas de apoio ao Presidente também têm seus orçamentos.
A situação levanta “sérias” preocupações, segundo o analista Bernardo Sangombe e recorda que José Eduardo dos Santos também investia mais na sua segurança do que na melhoria das condições de vida da população.
Para o analista, João Lourenço vai usar este dinheiro para compra de meios bélicos que podem ser usados contra o povo e para comprar o apoio e silêncio das chefias militares.
Segundo Sangombe, a actual situação do país, com reivindicações espalhadas pelo país, faz o Presidente sentir seu poder ameaçado.
Chefiada pelo general Pedro Sebastião, a Casa de Segurança é um órgão auxiliar do Chefe de Estado e tem entre as suas atribuições, a de auxiliar o PR na formulação, direcção e controlo da execução da política e da estratégia de segurança nacional; prestar assistência, assessoria e apoio técnico ao PR em matéria de defesa nacional, de proteção interior, de preservação de segurança de Estado e de preservação complementar de segurança nacional.
Integram a Casa de Segurança, outros órgãos como unidades de segurança e guarda presidencial, unidade de operações especiais “Chacal”, Gabinete de Estudos Estratégicos e o de Acção Psicológica.