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Angola: João Lourenço promete subir salários num discurso em tom de “pré-campanha eleitoral”

As eleições em Angola devem ocorrer em agosto, mas já cheira a campanha eleitoral. O chefe de Estado e líder do MPLA, João Lourenço, foi a Menongue prometer ajustes salariais e o endurecimento da luta anti-corrupção.

O Presidente angolano, João Lourenço, apresentou nesta sexta-feira (28.01) em Menongue, na província do Cuando Cubango, a agenda política do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), o partido governamental a que preside.

No seu discurso, o líder do partido no poder em Angola garantiu que nada impedirá a realização das eleições gerais agendadas para o verão deste ano.

“Apesar da conjuntura desfavorável, o país vai a eleições”, asseverou.

“O MPLA vai para estas eleições com o sentimento de ter sabido superar as adversidades inerentes (…) com bastantes realizações do Executivo por si suportado e que permite chegarmos hoje a uma situação de otimismo e confiança no futuro imediato”, referiu João Lourenço.

Corrupção na agenda política

Durante o discurso, o líder prometeu que o seu Governo continuará a lutar contra a corrupção e a impunidade. Na agenda do MPLA está também a criação de um bom ambiente de negócio no país, assim como reformas políticas, administrativas e económicas.

O Presidente levou ainda àquela região do leste de Angola boas notícias para os empregados da função pública, um setor no qual se encontra uma parte importante dos eleitorado do MPLA.

“No cumprimento das políticas defendidas pelo MPLA, o Executivo aprovará, nos próximos dias, o aumento do salário mínimo nacional e o ajustamento dos salários da função pública, aumentando desta forma o rendimento mensal dos trabalhadores e respetivos familiares”, prometeu.

Crítica à oposição

O chefe do partido que governa Angola há 46 anos apelou ainda à mobilização de militantes e simpatizantes para garantir a vitória eleitoral em 2022 e acusou a oposição de recorrer à violência para ganhar as eleições.

“O país tem uma oposição liderada por uma força política com uma agenda política clara [com o objetivo] de atingir o poder a qualquer preço, mesmo que para isso tenham de desrespeitar a Constituição da República, a lei e todos os princípios nos quais assentam o Estado democrático de Direito”, criticou.

Em Angola, a principal força política da oposição é liderada pela União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), partido que nunca governou no país.

 

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