Angola: Jornalistas dos órgãos privados no Uíge acusam regime angolanos de os “marginalizar”

Os jornalistas dos órgãos privados na província angolana do Uíge queixam-se de serem alvo de descriminação por parte das autoridades locais e, em alguns casos, de perseguição e intimidação.

Os profisionais dizem ser excluídos das actividades do Governo e considerados opositores por seguirem uma linha editorial diferente dos órgãos estatais.

Alguns afirmam ter sido alvo de ameaças de morte.

Jeremias Caboco, correspondente do portal Wizi-Kongo, que é alvo de um processo-crime, disse que nos últimso dois anos “tem sido difícil o tratamento que tem sido proporcionado à imprensa privada”.

Caboco considerou que a atitude das autoridades é de “desprezo” e de não ter qualquer abertura para com a imprensa privada,acusando as autoridades de “detenções sequenciadas”.

O jornalista da rádio Ecclesia no Uíge, Bernardo Salumbo, criticou o Governo da província do Uíge por não confiar nos órgãos de comunicação privada.

“O que nós temos visto aqui no Uíge é que a maior parte das dos gestores das instituições públicas ainda estão partidarizados, não sabemos porque o Governo não deposita confiança aos órgãos privados”, disse.

Quem também se mostrou descontente pela exclusão dos jornalistas dos órgãos privados nos grandes eventos foi o editor do portal Wizi-Kongo Alfredo Dikuiza.

Lucas Panzo, da Rádio Despertar, disse, por seu lado, que as grandes dificuldades passam pela falta de abertura das fontes e do contraditório por parte dos gestores públicos

 

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