Angola/Luanda: Ponte do Kamorteiro continua “interdita” e sem qualquer intervenção depois de ter colapsado em Abril

A ponte sobre o rio Cambamba, também conhecida como ponto do “Kamorteiro”, em Talatona, Luanda, que desabou em Abril último devido às fortes chuvas, contínua sem qualquer intransitável e sem intervenção, causado transtornos aos automobilistas e moradores.

O Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território (MINOPOT) e o Instituto Nacional de Estradas de Angola (INEA) continuam em silêncio apesar de na altura a direcção nacional de obras de engenharias, do MINOPOT, assegurar que a ponte do Kamorteiro teria intervenção de emergência

A ponte Kamorteiro liga o distrito do Talatona aos bairros Dangereux e Patriota e facilita também o trânsito na Avenida Fidel Castro (Via Expressa) ao distrito urbano do Camana e da Sapú.

O nome da estrada que liga a ponte está associado ao do conhecido general das Forças Armadas Angolanas (FAA), Abreu Muengo Ukwachitembo “Kamorteiro”, que possui uma residência nas proximidades.

O Novo Jornal visitou o local e verificou que passados dois meses, após o seu encerramento, nos dois sentidos, a mesma nunca foi intervencionada, uma situação que inquieta os automobilistas.

No sentido Talatona -Via Expressa, junto aos separadores que interditam o troço, os moradores tornaram o local em depósito de lixo, ao passo que no sentido contrário o local tornou-se em estação de serviço ao ar livre, onde muitos lavadores de carros criaram “estações de serviço”.

Alberto Minguês, morador da Centralidade do Kilamba e funcionário de uma empresa em Talatona, contou que o trajecto que efectuava em menos de 20 minutos passou a fazê-lo numa hora.

“Esta ponte tem de ser reparada. Nós que trabalhamos em Talatona e usamos essa ponte, passamos mal desde a sua interdição e somos milhares”, disse.

Afonso Morais, automobilista, pensou que a intervenção na ponte seria rápida em função de estar numa zona que afecta muita gente.

“Pensei que reparariam muito rápido está ponte, visto que essa via era usada pormilhares de pessoas todos os dias, incluindo muitos membros do Executivo. Não sei porque essa demora toda”, salientou.

Entretanto, o Novo Jornal constatou que os automobilistas foram obrigados a procurar alternativas e muitos, agora, sem opções, são obrigados a andar de moto táxi, o único meio de transporte que circula naquele troço.

Alguns moradores do Talatona, em conversa com o Novo Jornal, disseram que a situação tem criado muitos transtornos e lamentam o facto de até agora o Instituto Nacional de Estradas de Angola não fazer nada para normalizar a circulação automóvel.

Como alternativas, os automobilistas usam a ponte Molhada e a do Benfica, usando a via do Patriota.

Sobre o assunto o Novo Jornal tentou obter esclarecimento do Instituto Nacional de Estradas de Angola e não obteve resposta.

No mês de Abril, aquando do desabamento da laje de transição da ponte, o chefe de departamento de obras de engenharia, do Ministério das Obras Públicas e Ordenamento do Território, Nuno Brandão, afirmou que a ponte do Kamorteiro teria intervenção de emergência.

“Ela será intervencionada no âmbito das obras de emergência devido ao abatimento que se regista na lage de transição no sentido Talatona-Camama. O diagnóstico da situação foi feito e remetida à apreciação do titular”, disse na ocasião o responsável.

 

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