Angola: Lukamba Gato questiona “sustentabilidade” da Reserva Estratégica Alimentar (REA) após eleições gerais

O general Lukamba Paulo Gato, quadro do maior partido da oposição angolana, UNITA, considerou que é do conhecimento público, sobre quais são os efeitos da acção do cilindro compressor, porque foi a situação que o país viveu durante todo o ano de 2021, com resultados muito aquém do desejado.

Segundo o político, o país teria aproveitado a passagem de Ano para virar a página ao invés de continuar com a postura política que caracterizou o estado das relações entre o poder e a oposição durante 2021.

“Então este ano devíamos fazer um esforço, em nome do interesse nacional, no sentido oposto, empreendendo o caminho do diálogo franco e construtivo independentemente das estratégias decorrentes das nossas disputas pelo poder”, apelou Lukamba Gato.

Para o político, neste início do ano de eleições é útil e mesmo necessário que a classe política do país envie aos angolanos mensagens que vão no sentido de distender o clima politico, mais do que um acirrar de posições na procura da “pole position” com vista ao “Grand Prix” previsto para Agosto do corrente ano.

“A crítica situação económica e social vigente aconselha que tenhamos todos um único foco: Pensar Angola nas suas múltiplas dimensões com vista a encontrarmos as melhores soluções na resolução dos problemas ligados à existência material da população”, exortou igualmente.

É também de opinião que os cidadãos precisam ter em linha de conta que estão a iniciar o ano “confortados” com a chamada “Reserva Estratégica Alimentar” num valor global de 200 milhões de dólares americanos como ideia-força para resolver o crónico problema da escassez de alimentos e a subsequente alta dos preços.

Para o efeito, realça, o país acabou de importar farinhas de milho, mandioca, trigo e massango para além de açucar, óleo alimentar, feijão, arroz, peixe seco, frango e sal iodizado.

Assim, Lukamba Gato sublinha que a pergunta que se impõe hoje é saber qual é a sustentabilidade desse programa para o período a seguir às eleições e, se o país vai continuar a importar ou a partir de Setembro voltamos ao “status quo ante”?

“Para quando o lançamento definitivo e sustentável do tão propalado programa de diversificação da nossa economia para que possamos atingir o patamar altamente responsável da Segurança Alimentar que se enquadra no âmbito da Soberania nacional, já que esta depende também e em grande medida da capacidade que os países têm de se autossuprirem em alimentos”, questionou ainda.

Finalmente, fez um apelo no sentido de ser aproveitada a época da subida do preço do petróleo para o país estruturar e consolidar um novo modelo económico assente no trabalho produtivo e não para o regresso à cultura da importação.

 

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