Angola: Mais de “1200 mortes” por malária em dois anos na província de Malanje

As autoridades sanitárias da provincia angolana de Malanje estão a reforçar medidas de prevenção contra a malária devido ao aumento de casos que, nos últimos dois anos, resultaram em 1.242 mortes e mais de um milhão de casos positivos. Autoridades reforçam programa de prevenção.

A informação é so supervisor do Programa de Controlo e Combate à Malária do Departamento de Saúde Pública e Controlo de Endemias do Gabinete Provincial da Saúde, Hienor Canda.

Dos mais de 2 milhões e 100 mil testes de microscopia e rápidos realizados nos dois anos, mais de um milhão e 300 foram positivos.

Um programa de reforço das medidas profilácticas contra a doença está em curso na circunscrição em estreita colaboração entre o governo provincial e a Faculdade de Medicina local.

Canda disse que esse programa iiciado na semana passada visa a “sensibilização casa à casa, visto que os casos de malária têm estado a aumentar na província, e preocupa toda franja da sociedade”.

Por outro lado, mulheres grávidas e crianças menores de cinco anos de idade estão a beneficiar-se de redes mosquiteiras impregnadas, uma doação do Fundo Global.

“O projecto piloto começou no município de Cacuso onde há distribuição massiva de mosquiteiros e esta campanha não só vai abranger aquele grupo de maior risco, que são as mulheres grávidas e as crianças menores de cinco anos, mas na verdade vai abranger toda a sociedade”, afirmou.

A província de Malanje que integra a região híper-endémica da malária no país em tempo pandémico da covid-19, em que os sintomas das duas patologias têm semelhanças, os especialistas seguem os protocolos correspondentes para os despistes, particularizou o director do Gabinete Provincial da Saúde, Avantino Sebastião.

“Para aquelas situações que são do nosso conhecimento nós exigimos que seja considerado malária aquele indivíduo, que independentemente dos sintomas tem que ter um teste positivo à malária, um teste rápido ou uma gota espécie e é neste sentido que nós temos estado a capacitar e a orientar os nossos profissionais”, disse.

O médico acrescentou que mesmo nos casos positivos de malária “os técnicos de saúde e os médicos sabem que têm que fazer um diagnóstico diferencial”.

 

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