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Angola: Ministério Público “prorroga” por mais dois meses a prisão de Zecamutchima

O Ministério Público decidiu prorrogar por mais dois meses a prisão preventiva do líder do auto-denominado “Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe”, José Domingos Mateus “Zecamutchima”, detido desde 9 de Fevereiro deste ano, pelo SIC, em Luanda, pouco mais de uma semana após os confrontos ocorridos em Cafunfo, Lunda Norte, onde morreram várias pessoas em circunstâncias ainda por apurar.

“Já se esgotou o prazo de prisão preventiva sem qualquer acusação formal. Hoje fomos surpreendidos com a prorrogação da prisão para ZecaMutchima por mais dois meses”, lamentou ao Novo Jornal o seu advogado, Salvador Freire dos Santos.

Segundo Salvador Freire dos Santos, existem ordens de “forças ocultas” para manter o activista em prisão preventiva, com prazos já vencidos.

” A PGR não consegue dar uma resposta convincente sobre o processo. Esta já não é uma situação jurídica, mas sim política”, acrescentou o advogado, que não entende as razões do excesso de prisão infligido ao seu cliente.

Refira-se que cerca de 300 pessoas ligadas ao “Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe”, , que luta pela autonomia das Lundas, foram acusadas de invadir, na madrugada de 30 de Janeiro, uma esquadra policial de Cafunfo, província angolana da Lunda Norte, e em defesa as foras de ordem e segurança atingiram mortalmente seis pessoas.

O “Movimento do Protectorado da Lunda Tchokwe” tem afirmado que a manifestação, apesar de proibida, foi pacífica e ninguém estava armado, acusando os efectivos da Polícia Nacional e as Forças Armadas (FAA) de “actos bárbaros” por terem disparado contra cidadãos indefesos.

Zeca Mutchima é apontado pelas autoridades como cabecilha deste alegado “acto de rebelião”, que para os cidadãos locais era uma “manifestação pacífica”.

 

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