Angola: Ministra da Educação (MED) pede “voto de confiança” aos professores angolanos que anunciam greve na quarta-feira

A Ministra da Educação de Angola (MED), Luísa Grilo, pediu hoje “ponderação e voto de confiança” aos professores do ensino geral, que anunciaram uma greve a partir de quarta-feira, garantindo que o executivo está a trabalhar para solucionar as suas reivindicações.

“O executivo está a trabalhar no sentido de responder às preocupações apresentadas, algumas delas já foram solucionadas, outras estão em via de solução, e então apelava aos meus colegas a alguma ponderação, um voto de confiança, porque estamos a trabalhar para dar solução às suas reivindicações”, afirmou a ministra.

Luísa Grilo, que falava na província do Zaire, norte de Angola, onde presidiu ao ato do Dia Nacional do Educador, referiu que o órgão que dirige ainda não recebeu por escrito informações relativas à greve nacional dos professores.

“Ouvimos efetivamente, mas continuamos a conversar com os nossos parceiros do sindicato, ainda na sexta-feira reunimos com o sindicato para encontrarmos mecanismos de diálogo permanente, por um lado, e por outro encontrarmos as soluções que sirvam as duas partes, mas nós dissemos que estamos abertos a dialogar”, assinalou a governante.

O Sindicato Nacional dos Professores (SINPROF) angolanos reafirmou hoje a greve interpolada a partir de quarta-feira, uma paralisação, que segundo o seu secretário-geral, Admar Jinguma, se estende até 30 de novembro.

“A greve marcada para amanhã no setor da educação terá mesmo lugar infelizmente, porque o nosso objetivo nunca foi fazer greve, o objetivo é a resolução dos muitos problemas que o setor vive”, disse o responsável sindical.

Aumento salarial, melhoria das condições de trabalho, pagamento de subsídios e a regulamentação da monodocência constam entre as reivindicações dos professores angolanos, cujo caderno reivindicativo vem sendo negociado há três anos.

“Poucas questões foram atendidas e mesmo as atendidas não foram na sua plenitude, de tal forma que os professores agastados sinalizaram para partirmos para esta medida de pressão”, argumentou.

Admar Jinguma acrescentou: “Sempre formos abertos ao diálogo e sempre que somos chamados não apresentamos qualquer formalismo, agora é importante dizer que estas conversações no final do dia não têm surtido efeito”, atirou.

A segunda fase da greve dos professores angolanos está prevista entre 06 e 16 de dezembro e a terceira entre 03 e 31 de janeiro de 2023, conforme deliberou a VI Reunião Ordinária do Conselho Consultivo do SINPROF, realizada em outubro passado.

 

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