O Presidente da República, João Lourenço, recebeu sábado, em audiências separadas, representantes das autoridades tradicionais, entidades religiosas, jovens e empresários.
No quadro das audiências, os sobas da província do Namibe manifestaram-se preocupados com o estado de degradação das vias que ligam algumas comunas com a sede municipal, o que dificulta a livre circulação de pessoas e bens.
Em representação das autoridades tradicionais do Namibe, o soba Bernardo Mussondi, do município do Virei, adiantou que o mau estado das vias, também, tem sido um empecilho para as trocas comerciais.
No encontro com o Chefe de Estado angolano, o soba Bernardo Mussondi disse à imprensa que foi, igualmente, abordado a problemática da seca.
Na ocasião, sublinhou, os representantes das autoridades tradicionais apresentaram um memorando com algumas sugestões para acudir às famílias que sofrem com os efeitos da seca.
Para reverter o quadro, o soba do município do Virei defende a construção de furos de água, distribuição de terras e sementes, para mitigar as necessidades da população.
Ainda sobre a seca, o vigário da igreja Católica, padre João Baptista, manifestou a disponibilidade de a igreja apoiar o Estado, ajudando às famílias mais desfavorecidas, através das Cáritas, com a distribuição de alimentos.
“Abordamos, ainda, a questão da requalificação da cidade de Moçâmedes, pois notamos que existe um grande trabalho por parte do governo local, mas é preciso outros apoios, sobretudo nos projectos ligados a melhorias das estradas intermunicipais”, expressou.
Por seu turno, o presidente da Associação de Pescas do Namibe, Jorge Hilário, em representação dos pescadores da região, informou que apresentou ao Presidente João Lourenço as grandes preocupações que o sector enfrenta localmente, entre elas algumas relacionadas com a fraca fiscalização no alto mar e as insuficientes infra-estruturas em terra.
Já o secretário Executivo do Conselho Provincial da Juventude, Stênio da Savasuka, informou que no decorrer da audiência com o Estadista angolano foram abordadas questões relacionadas com a formação académica, técnica e profissional para os jovens, bem como a escassez de emprego e de habitação para a juventude.