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Angola: “Morte de cidadão em Benguela é mais um ato de agressão aos Direitos Humanos” – Bloco Democrático

O Bloco Democrático tomou conhecimento de mais uma morte protagonizada pelas forças de defesa e segurança pública, Polícia Nacional, no dia 11 de Dezembro de 2021, na Manifestação realizada organizada em Luanda “Por Eleições Livres, Justas e Transparentes, Reformas na CNE”.

O infortúnio é mais um ato de agressão aos Direitos Humanos. Segundo fontes próximas a família, o Cidadão, que também é militar, deixou o seu expediente de trabalho, quando eram 13h, lhe deram uma boleia até a Avenida Brasil, e enquanto a Manifestação decorria nesse perímetro, ele caminhava para poder alcançar um táxi que lhe levasse a casa, na Gamek (Morro da Luz), no entanto, por força de ordens superiores, a polícia de forma desenfreada bombardeava os manifestantes, populares e Zungueiras que se encontravam em atividade comercial, com gases tóxicos (gases lacrimogéneo) vezes sem conta, submetendo os manifestantes a torturas físicas e psicológicas, com ameaças de morte, mesmo estes terem cumprido o que a lei permite, nos meandros da lei 16/91 de 11 de Maio de 1991, em conformidade com o artigo 47° da Constituição da República de Angola. Quando os Activistas buscaram saber o porque da acção desumana por parte da Polícia, estes responderam com tiroteios, tendo atingido mortalmente o cidadão, militar, que tudo que pretendia era chegar em casa. Após ser baleado na zona entre a cabeça e o pescoço, ele ainda pedia socorro, sob o silêncio da polícia que ainda tripudiaram a vítima, ele mostrou passe de militar, só aí a Polícia afecto ao Comando Provincial de Luanda e a PIR (Polícia de Intervenção Rápida) levaram o senhor para o hospital Militar, onde o senhor perdeu definitivamente a vida.

A Polícia publicamente diz que se tratava de um cidadão que foi esfaqueado na via pública, facto que não é verdade.

Nós, Bloco Democrático, repudiamos a acção da Polícia, um ano depois de matar o Activista indefeso e ajoelhado, Inocêncio de Matos, acabou por fazer mais uma vítima, criando cada vez mais um fosso no já frágil Estado Democrático e de Direito em Angola, tudo porque saem das vestes republicanas, cujo fim é a defesa do território nacional e a garantia da tranquilidade pública, mas esta Polícia, como diz o povo “é uma Policia Política”, visando cumprir ordens do Partido-estado, o partido que dirige Angola há 46 anos, que dia após dia vem ceifando vidas de cidadãos indefesos, que fazem manifestação como via de fazer valer a sua voz e precionar o governo para que atenda o povo como deve ser, sendo que, a legitimidade de qualquer governo é o povo quem confere, nas urnas, com votos, e eles apenas lutavam para que em 2022 Angola tenha “Eleições Livres, Justas e Transparentes, e Reforma na Comissão Nacional Eleitoral”. Uma manifestação feita em obediência a todos os princípios legais e humano, num clima pacífico, mas, mais uma vez, a Polícia Nacional transformou num clima de terror e banhado a sangue, uma autêntica ofensa aos Direitos Humanos, numa semana que se comemora os 73° aniversário dos “Direitos Humanos”.

Os nossos mais sinceros sentimentos de pesar a família enlutada, nós o Bloco Democrático estamos convosco, e que se faça justiça, começando com a destituição Sr. Paulo de Almeida, do cargo de Comandante Geral da Polícia Nacional.

=Bloco Democrático=
Luanda, aos 13 de Dezembro de 2021

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