Angola: Movimento de Estudantes (MEA) servem de “mediadores” entre professores e Governo para acabar com greve

Num desenvolvimento inédito, estudantes estão a tentar mediar o diferendo entre os professores do ensino superior e o Governo angolano com vista a pôr termo à greve dos professores que já vai no segundo mês. Movimento dos Estudantes Angolanos apresenta propostas para resolução da greve no ensino superior.

O Movimento de Estudantes Angolanos (MEA) apresentou propostas para saída do braço-de-ferro entre o Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES) e o Governo.

“Nós não queremos mais ouvir falar em anulação do ano académico, a nossa proposta vai inclusive para se prolongar o ano académico até Novembro mas não vamos aceitar a anulação do ano”, diz Francisco Teixeira, presidente do MEA.

Para resolver o impasse sobre a questão salarial, o MEA afirma que “uma das possibilidades e o Estado, ao invés de pagar o salário dos professores mensalmente, pagar por tempo de aula”.

“Propomos 25.000 kwanzas por cada aula, outra proposta era que os professores ao invés dos cinco mil dólares que exigem, que o estado pagasse metade deste valor e a outra parte pagasse em forma de produção científica”, acrescenta.

Estas propostas vão ser discutidas com o SINPES e se houver acordo será apresentada à entidade patronal.

Domingos Kunjuka, outro dirigente do MEA, apela ao Presidente da República que “valorize os nossos professores pagando um salário digno e justo que lhes permita viver durante os 31 dias do mês”.

MEA também quer saber sobre estudantes na Ucrânia

A situação que se vive na Ucrânia não passou em branco ao MEA, que quer uma posição clara do governo sobre os estudantes angolanos naquelas paragens.

“Nós não temos dados concretos dos nossos colegas na Ucrânia, diz-se que a situação é complicada com casos de racismo etc”, lamenta Kunjuka.

“Instamos o Ministério das Relações Exteriores a se debruçar sobre a situação dos nossos irmãos na Ucrânia à semelhança de outros países como Portugal que já começou a retirar os seus estudantes daquele país europeu”, conclui.

 

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