Angola: MPLA adverte opositores que poder “não se alcança com inverdades” e pede “patriotismo”

O MPLA, no poder em Angola, advertiu hoje os seus “adversários” que o poder “não se conquista com inverdades e manchando o nome do país além-fronteiras”, exortando-os à “responsabilidade, respeito e patriotismo” no exercício da liberdade de expressão

 “Não precisamos de optar por inverdades eivadas de falácias e auto-vitimização, proferindo afirmações que demonstram ignorância e desrespeito pelas instituições”, afirmou hoje a vice-presidente do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), Luísa Damião, na província do Cunene.

Para a líder partidária dos “camaradas”, num “claro desespero ou ânsia desmedida” pelo poder, “certos adversários esquecem-se que este deve ser legitimado por vontade soberana do povo”.

“Não é com inverdades que se conquista o poder e, muito menos, manchando o país além-fronteiras. O povo angolano está atento, acompanha e aplaude as reformas políticas, económicas e sociais lideradas pelo camarada presidente João Lourenço e saberá fazer a sua escolha”, disse.

Luísa Damião falava hoje na abertura do encontro interprovincial dos secretários executivos dos organismos intermédios do MPLA no sul, que decorre na província do Cunene, sul de Angola, afetada pela seca.

O encontro congrega os governadores das províncias do Cunene, Cuando-Cubango, Huíla e Namibe, igualmente secretários províncias deste partido.

Segundo a vice-presidente do partido no poder em Angola, no atual contexto de pandemia, dentro e fora do país, são raros os exemplos de economias que alcançaram marcos satisfatórios em termos de crescimento.

“E, não ter em conta este facto é sinónimo de ignorância pura dos mais elementares princípios de mercado”, atirou.

O presidente da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA, maior partido na oposição), Adalberto Costa Júnior, deu, esta semana uma entrevista à televisão portuguesa RTP em que teceu “críticas ao Governo angolano e deplorou a condição social das famílias angolanas”.

Hoje, na sua intervenção, Luísa Damião considerou que a democratização da sociedade angolana “tem passado, nos últimos tempos, pela ampliação do espaço de intervenção, expressão e manifestação de opiniões”.

“Sendo inegável que, é hoje, um dos principais ganhos, reconhecidos reiteradas vezes por organismos internacionais, contudo, a ampliação das liberdades implica maior responsabilidade e responsabilização”, defendeu.

Este vértice, realçou, “é, por conveniência, ignorado em profunda manipulação da opinião pública nacional e internacional”.

O MPLA, assegurou, “vai continuar a primar pelo diálogo franco e aberto e a consolidar os ganhos da democracia. Enquanto os nossos adversários estão apenas focados no alcance do poder a qualquer preço, nós devemos fazer bem o nosso trabalho (…)”, notou.

Em relação ao contexto socioeconómico das províncias do sul de Angola afetadas pela seca, Luísa Damião referiu que o seu partido “se congratula com a contínua implementação de medidas estruturantes do executivo angolano” no sentido de resolver o problema da água e da situação da escassez de alimentos, derivados da seca, e enalteceu “a onda de solidariedade, humanismo e espírito de altruísmo que caracterizam os cidadãos angolanos”.

“Estamos cientes dos desafios que temos pela frente e da necessidade de continuarmos a trabalhar para realizar os anseios e aspirações dos angolanos”, rematou a também deputada à Assembleia Nacional.

 

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