Angola: “MPLA é vírus maligno (mais agressivo que HIV, COVID) espalhado por um corpo que se chama Angola” – Smith Chicoty

O MPLA é tal e qual um vírus maligno (mais agressivo que HIV e COVID) espalhado por um corpo que se chama Angola” considera Smith Chicoty numa longa entrevista concedida a O Decreto.

Smith Abraão Miranda Macedo mais conhecido por “Smith Chicoty”, natural do Cazenga, Luanda é o convidado para a nossa entrevista desta semana.

Chicoty com formações nas áreas de Ciências Pedagógicas e Direito já esteve é militante da CASA-CE.

Acompanhe na íntegra a entrevista com Smith Chicoty que revelou igualmente ter como seu melhor distino em Angola o Lubango (Lubango é uma cidade e município de Angola, capital da província de Huíla) país dos Sonhos, Inglaterra e o lema para vida ajudar ao próximo!

O Decreto: Que avaliação faz da liderança dos partidos Políticos na/da oposição?

Smith Chicoty: Razoável!… No sentido de que têm feito o que se lhe dispõe, dentro de um espaço de manobra bastante curto, até porque em parte alguma do mundo, pela composição parlamentar a exemplo da vigente em Angola em que por força da esmagadora e fraudulenta maioria de que dispõe, o MPLA  tudo e mais alguma coisa pode, associada a uma total subserviência do seu Grupo Parlamentar ao Presidente João Lourenço, facto que de per si condiciona o normal funcionamento do Pilar Parlamentar num Estado democrático e de direito condicionando deste modo o exercício legislativo de facto na Casa das Leis que se pretendia equilibrado para o bem da democracia.

Por outro lado, a oposição tem ainda um longo caminho a percorrer, porque se olhares para os resultados eleitorais no pós guerra (2008, 2012 e 2017), verás que o  MPLA abusando de forma escancarada das instituições do Estado (desde a CNE, TC) tem a seu bel prazer distribuído de forma administrativa os resultados eleitorais tendo como base aspectos históricos, culturais, de guerra e étnico.

Sendo honesto, pelo actual quadro parlamentar, a oposição política angolana foi-lhe relegada o papel de meros animadores políticos na Casa das Leis porque sem equilíbrio parlamentar não há uma real democracia, quem estuda, tal como Eu os meandros políticos e constitucionais sabe disso!

Coque, não há do ponto de vista prático, real e efectivo democracia em Angola porque se somente puderes dizer sim e o teu não, não valer diante de uma esmagadora maioria parlamentar então tu és um inválido portanto urge a alteração do actual quadro parlamentar, além de que um dos barómetros para se aferir a efectivação de democracias modernas além da composição do Parlamento (equilíbrio) é a alternância, dois pressupostos inexistentes em Angola desde a abertura para o multi partidarismo.

Apesar do acima exposto, a oposição política com particular realce para a CASA-CE, liderada pelo Dr. Manuel Fernandes e a UNITA ainda que de forma bastante arrojada, fruto de inúmeros condicionalismos, têm sabido jogar e os resultados são visíveis.

O Decreto: Que Avaliação se faz do MPLA actual?

 Smith Chicoty: O actual MPLA – de JLO é o pior de sempre pelas seguintes razões:

  • JLO começa o mandato com um índice de aceitação muito bom, porém cai vertiginosamente a partir do momento em que decide salvar interesses de alguns bandidos partidários do MPLA em detrimento dos interesses do país;
  • O MPLA, contrariamente aos tempos anteriores, hoje por hoje já não vai a tempo de reinventar-se porque com o advento das redes sociais toda gente conhece os problemas entre os Camaradas, não havendo tempo para às escondidas se fazer emendas a um tipo de cobertor que já sofreu tipo de emenda tal como o MPLA o é;
  • Desde os fraturantes problemas internos;
  • Passando por uma clara desaceitação  popular motivada pela miséria social a que os angolanos estão voltados;
  • Em síntese, o MPLA não é mais se não um Grupo de anti patriotas, tal e qual uma corja de ganster’s políticos alheios aos interesses dos angolanos, dispostos a tudo fazer pela manutenção do poder político.

O Decreto: Pelo que vê pode MPLA sair antes ou depois dos 50 anos no poder? Porque?

Smith Chicoty: Penso que essa pergunta é mais do que uma faca de dois gumes porque apesar de estar por um fio, o MPLA, reconheçamos, é um macaco velho que usa frequentemente o seu poderio financeiro e institucional para desestabilizar tudo, todos e mais alguma a seu bel prazer, todavia há muito que o emergir de fortes pressões sociais, traduzidas em manifestações de rua coloca claramente a forte possibilidade que talvez venha a cair por força de um derrube popular de rua generalizado resultante do elevado nível de saturação popular, num país que de país nada tem.

Em suma, o MPLA é tal e qual um vírus maligno (mais agressivo que HIV, COVID) espalhado por um corpo que se chama Angola, a todos os níveis enraizados institucionalmente directa ou indirectamente na veia de todos os angolanos, portanto difícil de erradicar, mas há que se encontrar antídotos!

Diante do actual cenário haverá que haver uma correlação social de força permanente para em conjunto desmantelarmos a GANGUE denominada MPLA para posteriormente termos as condições criada para o desalojarmos do poder desses BANDIDOS cujo “Capo” actual chama-se JLO, hoje extremamente “marionetado” pelo Dr. Adão Francisco Correia de Almeida, portanto não a que medir esforços até que os macacos caiam do galho, seja pela via eleitoral ou pela porrada (já que os opressores normalmente assim preferem)!

O Decreto: Para si, a juventude tem participação activa no desenvolvimento do país? De que forma?

Smith Chicoty: A juventude tem tido uma clara e mais do que evidente e inequívoca participação activa no desenvolvimento do país, aliás os factos falam por si e portanto visível a olho de todos!

O Senhor Adão de Almeida tem se mostrado o pior exemplo, claro, pela negativa (Risos)!

Falando sério: A participação juvenil é hoje mais do que nunca a todos os níveis preponderante e evidente além de influenciadora aos processos, desde o político, social ao activismo, vê que o Dr. Nadilson Paim, João Nazaré (ambos quadros da CASA-CE), o Engº Serafim Simeão, Dr. Nelito Ekukui, Hitler, Dito, Mensageiro Andrade, Dr. Pedro de Assunção Caveto, só para citar, têm se mostrado importantes pilares contributivos para o desenvolvimento quer seja político, associativo e social em prol desta nossa rica Angola.

O Decreto: Quê avaliação faz aos tribunais do país? Acha normal não se criar nenhum partido em tempo de JLO?

Smith Chicoty: Um autêntico desastre!

Porque quando o político imiscui-se no jurídico “fode-se” com o país todo. Infelizmente é e continua a ser um “habitué” em muitos países de África com particular ênfase para Angola com todas as consequências daí advindas:

– Desde a insegurança material jurídica;

– Afugentamento de investimento exterior;

– Arbitrariedades política de todo o tipo, sob capa do judicial;

– Banalização institucional;

– Ditaduras sob disfarce de democracia, em fim!

Sobre este quesito, olhando para o caso angolano diria de modo sintético que o PODER JUDICIAL dorme e acorda com o Senhor João Lourenço. Talvez o PR tenha dormido mais com o poder judicial do que com sua própria esposa desde que assumiu as rédeas do país.

Para que não seja acusado, até porque os factos estão em qualquer esquina, perguntem ao Aragão.

Já não há orgulho ou nobreza em ser chamado de Juiz em Angola porque  o termo JUIZ hoje é sinónimo de BANDIDO SERVENTE de um BANDIDO MAIOR – JLO.

– Sobre a não criação legalização de novos partidos políticos no legado de JLO em verdade lhe digo que:

– O último partido legalizado em Angola foi a APN (apêndice do regime, cujo fito foi fazer verbo encher nas eleições “gerais” últimas);

– A pior injustiça da história política e constitucional foi a que Dr. Abel Chivukuvuku e seus seguidores (na altura lá estava) foi vítima. A história registou com as consequências negativas que tal facto se impõe.

O Decreto: O combate a corrupção em Angola. Lhe convence? Passado 3 anos a caminho de 4, anos de governação do JLO, que Promessas eleitorais já se cumpriu?

Smith Chicoty: Riso! Se o Senhor Jornalista tivesse noção do verdadeiro significado da palavra “combate” talvez não me faria tal pergunta, mas ainda assim lhe respondo nos seguintes termos:

– O MPLA é uma máfia, talvez a maior que o mundo já conheceu e normalmente as máfias independentemente de quem a lidere precisam conservar o legado institucional, sob pena de tudo conquistado por ela vir a desaparecer;

– Acto contínuo, os factos vieram a demonstrar-nos que a farsa em torno do famigerado combate à corrupção (bandeira de campanha de JLO às eleições últimas) caiu em saco roto, tendo havido um revés que nos veio demonstrar que além da selectividade, parcialidade, tal brincadeira de mau gosto não passou de um puro mecanismo de caça às bruxas e criação de uma nova elite política corrupta sob égide do Senhor João Lourenço (os factos estão aí abundância);

–  No capítulo social, económico e populacional o povo “cagou” para a palhaçada ao dizer “basta” porque se não há resultados efectivo naquilo que é o seu “modu vivendis” advindo desse combate “ Que João Lourenço e o seu MPLA saiam e que venha outro, menos ele”, daí a perda de legitimidade e consequente baixa de aceitação desse Senhor que alguns teimosos e mimosos insistem em chamar Presidente da República.

– Não houve cumprimento de promessas a partir do momento em que as condições de vida dos angolanos deteriorou-se, basta ver que hoje gente toda faixa etária ou morre a fome ou come no lixo.

O Decreto: O que acha sobre o elevados índice de desemprego? (principalmente dos jovens)

Nos últimos tempos vimos dois Licenciados nas ruas do país mendigando por emprego. Onde está o problema?

Smith Chicoty: É o resultado primeiro da incapacidade de criação políticas públicas sólidas por parte de quem governa (MPLA) tendentes ao fomento de empregabilidade, tanto no sector público como no privado; segundo, a escassez de emprego é também resultado do encerramento de muitos postos de trabalho sobretudo privados pelo facto do mercado angolano ter há muito deixado de ser deixar atractivo tanto para os empresários privados angolanos, sobretudo para os estrangeiros face à inflação galopante vigente no país, excessiva desvalorização da moeda nacional (Kwanza) face às principais moedas para à exportação, havendo a destacar o Dólar Americano, portanto num país extremamente dependente de importações; terceiro não haverá emprego nos próximos tempos porque o crescimento do nível de empregabilidade pressupõe uma estabilização da economia traduzida em crescimento económico; solução, é necessário que o político se desfaça do económico sob pena das promiscuidades sobejamente conhecidas continuarem a condicionar o investimento estrangeiro.

Sobre os dois licenciados aos quais fazes referência, penso que ou são burros, ou estudaram mal, ou são incompetentes porque uma licenciatura não é em parte alguma o garante de riqueza ou estabilidade financeira. Infelizmente em Angola pensa-se muito assim! Porque quem vai para a universidade deve para lá ir no sentido de desenvolver habilidades que se transformem em valências: a exemplo da criação de um micro-negócio, etc. Mas se de facto estiverem a precisar de emprego me contactem: 924325159 e veremos, porque não talvez encontre um espaço para eles na minha empresa se de facto tiverem valências e trouxerem valor acrescentado aos meus negócios.

O Decreto: O que acha da igualdade do género?

Smith Chicoty: Penso ser um não assunto, pelo que defendo que aquele que tiver competências, integridade e valências que avance independentemente do sexo, cor, raça, etnia, religião, estatuto social, etc.

O Decreto: O Silêncio do Presidente da República diante dessas mortes todas causadas pela Polícia Nacional. O que lhe diz?

Smith Chicoty: O “Caso Cafunfo” disse-nos tudo!

“Matar todos os “mosquitos” que não se reveem no “EME” que insistentemente colocam em causa o TOTALITARISMO DA CORTE!”

Ao MPLA, mormente ao Senhor João Lourenço pouco importa a vida humana de angolanos, porque para aquela gentalha somente uma coisa importa: A MANUTENÇÃO DO PODER POLÍTICO A QUALQUER CUSTO.

Foi assim no tempo do Engº Kitumba! Quando se vislumbrava alguma luz no fundo do túnel no quesito respeito aos direitos humanos no período pós JES eis que o fraudulentamente legitimado Presidente (JLO) pela CNE mostra-se um terrorista pior e com uma arma de maior e melhor precisão e alcance que Eduardo dos Santos quando o assunto trata-se de derramar sangue de inocentes angolanos pela manutenção do poder a qualquer custo.

Mas não mal que dure para sempre!

A história sendo registada um dia há de julgá-los!

O Decreto: Diz-se que Angola é rico em recursos naturais, e por sinal é dos maiores exportadores de petróleo a nível mundial, mas a maior parte da população é miserável, qual é a razão?

Smith Chicoty: Independentemente dos recursos e potencialidades de um país, penso que o potencial nível e qualidade de vida dos cidadãos deve ser aferido pelo comprometimento dos políticos que os governam, embora os recursos sejam de facto um factor preponderante para o alavancar  da economia de Estado e concomitantemente  um factor gerador de bem estar colectivo a todos os níveis.

Não se pode nada esperar de um país governado por um bando de delinquentes encobertos pela capa política, maioritariamente estrangeiros e de origens duvidosas e por alguns cipaios nacionais somente interessados na pilhagem massiva das riquezas do Estado. “ELES AMAM AS RIQUEZAS DE ANGOLA, NÃO OS ANGOLANOS!”

O Decreto: Já se pode falar da descentralização e desconcentração em Angola?

Smith Chicoty: Impossível:

– Num país em que do ponto de vista factual o PR encontra-se acima da Constituição;

– Num país em que as autarquias (factor de aproximação entre governados e governantes) anda o tempo todo em Banho Maria, numa clara violação a Constituição por omissão;

– Num país em que do ponto de vista prático o PR submete-se ao Estado.

O Decreto: O PIM é prioritário atendendo a situação do país?

Smith Chicoty: Risos!

Tudo palhaçada!

Que melhoria trouxe para a vida dos cidadãos?

Porque não se dá lugar a uma partilha democrática proporcional do poder com a institucionalização das autarquias?

O Drecto: Já estamos em ano Pré-campanha eleitoral, os angolanos que vivem na diáspora, o que têm feito para terem direito a voto em 2022?

Smith Chicoty: Não se trata de fazerem ou deixarem de fazer até porque a CRA consagra o princípio da igualdade, somente a arrogante e esmagadora cabeça dura do MPLA representada sobretudo no Parlamento insiste em negar aos nossos irmãos residentes na diáspora o direito ao voto, numa clara violação a um princípio basilar consagrado pela CRA..

O Decreto: O adiamento das eleições autárquicas, o que deve estar na base?

Smith Chicoty: Falta de vontade política e arrogância permanente da abusiva maioria parlamentar do MPLA.

O Decreto: Há uma grande onda de protestos em Angola nos Últimos tempos, qual é a sua apreciação sobre isso?

Smith Chicoty: Primeiro um claro sinal de que o MPLA está no fim e que a qualquer momento o poder político fraudulentamente obtido pelo MPLA poderá a qualquer momento cair nas ruas, nem que para isso tenha de jorrar o BANHO DE SANGUE FINAL ENTRE O POVO E MAIORITARIAMENTE SOBRE DIRIGENTES DO MPLA, portanto o tempo urge e o povo tem a necessidade da rapidez; segundo é uma clara prova de que se os políticos na oposição não tiverem os tomates no lugar para tomar a peito a situação depois da fraude eleitoral que se avizinha talvez o povo os tenha.

O Decreto: A União dos três partidos da Oposição, que apreciação faz?

Smith Chicoty: Resumo aquilo numa autêntica peça teatral política mal montada sem pernas para andar movida pela necessidade da UNITA granjear solidariedade populacional generalizada aliada às frustrações e pequenez de alguns autores da FPU.

Desculpe que lhe diga, mas o meu “Tio” Chivukuvuku, Adalberto e o Filomeno têm vendido gato por lebre ao povo.

Espero bem que não haja frustrações no “day after” às eleições porque a UNITA irá engolir o BD. Quanto ao meu “Tio” Abel Chivukuvuku: O MPLA cortou-lhe as asas todas portanto pouco ou nada poderá oferecer nos próximos tempos, além de que o factor idade não perdoa.

Talvez telefone para o Dr. Abel Chivukuvuku e me desloque para sua casa almoçar e falar e com ele muito profundamente conversar/aconselhar  sobre os perigos, riscos e armadilhas que ele corre na FPU.

O Decreto: Participa de alguma causa social?

Smith Chicoty: Estou a trabalhar a essa altura num projecto extremamente ambicioso que visa atribuir bolsas de estudos e posterior enquadramento profissional a brilhantes jovens estudantes do curso superior de Direito.

O Decreto. Se poderes ter uma conversa com o Presidente da República. O que lhe dirias?

Smith Chicoty: Diria ao Presidente que pela primeira vez na história política e eleitoral de Angola permitisse que em 2022 o pleito eleitoral fosse isento de qualquer interferência do poder político controlado absoluta e totalitariamente pelo MPLA porque se o fizer terá legado.

O Decreto: Ainda apoia Chivukuvuku?

Smith Chicoty: Isso é política!

O máximo que lhe posso dizer é que desde que decidi regressar à CASA-CE a convite do Presidente Manuel Fernandes o Dr. Abel Chivukuvuku passou a ser uma página virada na minha vida política subsequente, sem desprimor manutenção dos laços de amizade que continuo nutrindo pelo Dr. Abel.

Portanto que fique bem claro: Tal como o MPLA, o Dr. Adversários da CASA-CE, mormente do Presidente Manuel Fernandes pela assunção do poder político nos pleitos vindouros, pelo que contra o adversário na quadra de jogo não a que se tomar meias porque se não eles vencem, portanto se no decorrer do jogo houver necessidade de CANELAR ou fazer uma FALTA CIRÚRGICA para que a minha dama vença não hesitarei em fazê-la.

O Decreto: Que assunto não abordamos queria ver abordado aqui?

Smith Chicoty: Penso que foi possível os principais assuntos em carteira, embora gostasse que a entrevista se estendesse a alguns assuntos internacionais.

O Decreto: Conte um pouco como começou a sua vida cívica

Smith Chicoty: Inspirado pela vontade de fazer de Angola um país melhor. Mas em verdade lhe digo que me sinto um académico emprestado à política. Muito obrigado Coque Mukuta pela oportunidade!

Muito obrigado Angola!

 

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