Angola: MPLA tenta limpar “João Lourenço das acusações de práticas corruptas”

O partido no poder em Angola (MPLA) considera “difamatória” campanha “orquestrada” a partir do estrangeiro contra o Presidente da República, João Lourenço e qualifica a notícia do Jornal português “Expresso” de campanha montada no exterior do país, cujo objectivo “é minar o combate à corrupção em Angola” levado avante pelo actual Chefe de Estado.

Na sua “enérgica reacção” à notícia divulgada pelo “Expresso” e retomada por vários órgãos de comunicação social, sobre uma eventual investigação de procuradores norte-americanos a supostos negócios ilícitos de João Lourenço, o porta-voz do MPLA, Albino Carlos, disse à Despertar que se trata de “mais uma peça de uma campanha montada a partir do estrangeiro no sentido de manchar a imagem do país e pôr em causa a legitimidade do Presidente da República, João Lourenço”.

Albino Carlos sustentou que o seu partido entende que, essas iniciativas movidas por indivíduos que desconhecem a determinação da liderança dos camaradas, “visam minar o combate à corrupção e comprometer a atracção de investimentos estrangeiros para o país”.

“Isto é mais uma peça de uma campanha orquestrada a partir do exterior no sentido de denegrir a imagem e pôr em causa a legitimidade política das lideranças angolanas, em concreto o Presidente João Lourenço”, argumentou o político, para quem estas manobras visam frear o combate determinado e acérrimo contra à corrupção”, que segundo Albino Carlos “deu grandes resultados”.

Para o porta-voz dos camaradas, “quem assim está a proceder está enganado, porque não conhece a determinação da liderança do MPLA”, disse.

De acordo com o Jornal “Expresso”, que cita um relatório da consultora Pangea Risk, especializada em análise de informação para gestão de risco sobre negócios em “África e no Médio Oriente”, João Lourenço, familiares e aliados de negócios, estão a ser investigados há cerca de um ano por procuradores norte-americanos por eventual violação das leis deste país.

O porta-voz do MPLA destaca a coragem e determinação do Chefe de Estado Angolano no combate aos males que atentam contra os interesses dos angolanos e exorta os partidos políticos na oposição a unirem-se neste desafio, que considera um imperativo nacional.

“Se há uma das características do Presidente João Lourenço é a coragem política e a determinação, sobretudo quando está em causa o interesse de Angola e dos angolanos”, disse, acrescentando que “o combate à corrupção é um imperativo nacional e não um programa que deve ser abraçado somente pelo MPLA e o seu governo”.

“É um mal que afecta a todos os angolanos, pois compromete a imagem do nosso país, mina a credibilidade internacional de Angola, cria fossos entre os cidadãos e põe em causa o futuro dos nossos filhos”, considerou Albino Carlos.

“Por isso, apelamos quer a UNITA quer outras forças políticas com responsabilidade neste país, no sentido de juntos levarmos avante este combate contra a corrupção e a impunidade”, frisou.

Albino Carlos considera estranha à publicação do Jornal “Expresso” numa altura em que, a imprensa portuguesa é citada no julgamento do caso “GRECIMA”, como tendo beneficiado do dinheiro da corrupção para lavagem da imagem dos antigos governantes angolanos.

O porta-voz do MPLA avisa que, as autoridades angolanas “não se vão deixar intimidar com campanhas difamatórias feitas a partir do estrangeiro” e promete “prosseguir com a estratégia do combate a corrupção em nome dos angolanos e do compromisso histórico nacional”.

“É também sintomático e muito estranho, que esta campanha seja dispoletada junto da imprensa portuguesa precisamente numa altura em que a imprensa portuguesa tem sido posta em causa no julgamento do caso GRECIMA”, afirmou o “camarada”.

Disse que o MPLA está atento às “manobras dos adversários internos e externos” e garantiu que a luta contra a corrupção e outros males que lesaram o país “é para continuar, pois sublinhou Albino Carlos “fique mal quem ficar, aliás quando começou esta lutar, o Presidente João Lourenço já tinha alertado sobre as consequências quer dentro do MPLA quer a nível externo”.

O Decreto

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