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Angola: “Não é justo atribuir-se os erros do passado desastroso apenas a José Eduardo dos Santos” – Justino Pinto de Andrade

Justino Pinto de Andrade defende que “quem errou e participou na tomada dessas decisões, deve assumi-lo de forma solidária”.

“Deve, sim, haver a coragem de se repartir essa responsabilidade por todos quantos participaram, tal como foram distribuídos os resultados dessas acções”, referiu o político.

Segundo ele, “o passado desastroso que agora se aponta foi fruto de uma acção colectiva” e vê agora os co-responsáveis querendo escapulir-se, “lançando culpas sobre os ombros de um só homem”.

“Tal como os benefícios foram fruídos por muitos, as culpas deverão também ser repartidas”, notou, destacando que o Bloco Democrático tem contribuído grandemente para o aperfeiçoamento da cultura cívica e democrática.

“Sendo embora o presidente, não deixo de ser um militante do BD. Todos nós, da base ao topo, temos o direito a exprimir a nossa opinião. Nunca devemos abdicar dele. Abdicar desse direito seria trair a nossa divisa que é “Liberdade, Modernidade e Cidadania”, enfatizou.

De acordo com Justino Pinto de Andrade, “os militantes devem continuar a fazer o BD, respeitando sempre o direito a pensar diferente, porque é a diversidade que enriquece o partido”.

“Nenhum militante ou dirigente do partido pode dizer, com serenidade, que viu os seus direitos limitados. Poderá ter havido, aqui ou ali, alguma dificuldade de contacto, mas nunca houve qualquer acção deliberada de se coartar à livre expressão”, disse.

Concorrem à sucessão de Justino Pinto de Andrade, os candidatos Américo Valentim de Jesus Vaz, Filomeno Vieira Lopes e Luís do Nascimento.

Antes da marcação da convenção, o actual presidente do BD, Justino Pinto de Andrade, renunciou em 2020 ao cargo, por já ter “cumprido o seu papel na política”.

O Bloco Democrático (BD) está registado no Tribunal Constitucional desde 20 de Outubro de 2010 e, nesta altura, faz parte do conjunto de forças políticas que integram a CASA -CE.

As suas linhas programáticas estão baseadas na defesa da democracia e da justiça social, sendo seu objectivo principal “fazer de Angola uma potência económica de dimensão Atlântica para enriquecer os angolanos”.

 

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