O presidente da UNITA, Adalberto Júnior, disse que, para desviar as atenções da pobreza, do desemprego, da fome, dos massacres de Cafunfo, da crise económica e social, dos preços da cesta básica sempre a aumentar, o regime usa táctica dos ataques contra UNITA.
Para o presidente do maior partido da oposição angolana, UNITA, as mesmas acções levadas a cabo pelo Governo, têm desviado do povo, as atenções concernente aos roubos dos governantes que continuam.
Nestes termos, Adalberto Costa Júnior considerou que não evoluiu nada, absolutamente, sendo por isso urgente a mudança para em conjunto se construir um país digno e ao serviço dos angolanos.
“Como todos devem saber, aqui na nossa região da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral – SADC e nos Países de Língua Oficial Portuguesa, Angola é único país que não realiza eleições autárquicas”, conforme o político.
Fez saber ainda que, estavam previstas nos diferentes documentos normativos do país, desde 1975, acrescentando que o Partido no Poder não consegue reunir coragem para as realizar, até mesmo quando havia compromisso de serem realizadas em 2020.
O líder partidário afirmou que não foram realizadas em Angola as eleições autárquicas em 2020, por falta de vontade política e medo de entregar o poder ao verdadeiro dono, o povo.
A Assembleia Nacional ficou culpada pelo atraso, mas não é apenas a Assembleia Nacional que é culpada. É o titular do poder político habituado a controlar tudo e todos que não quer partilhar o poder com o povo.
“O debate andou a passos de camaleão e até hoje a principal Lei da Institucionalização das Autarquias Locais ainda não foi aprovada”, enfatizou.
Entretanto, referiu que o Presidente da República apresentou uma proposta de Revisão Pontual da Constituição da República, sem ter auscultado a sociedade e preferiu fazê-lo fora da casa mais indicada e que representa o todo nacional, a Assembleia Nacional.
Todavia, tendo deixado de fora as maiores exigências da sociedade em geral e pelo procedimento e pelo atraso com que o fez, em fase de pré-campanha eleitoral, vislumbram-se motivações de interesse partidário, o que segundo ACJ, é lamentável.