O dia em que Adalberto Costa Júnior é apresentado como líder da Frente Patriótica Unida (FPU), notícias da imprensa pública dão conta que o Tribunal Constitucional chumbou o congresso que o elegeu, há dois anos, presidente da Unita. Imprensa pública noticia anulação do congresso UNITA.
A TPA foi o primeiro órgão de comunicação a noticiar, citando fonte do Tribunal Constitucional. A Radio Nacional e a TV Zimbo seguiram-se.
À Radio Essencial, a deputada Mihaela Webba disse que “o partido só se vai pronunciar quando tiver contacto com os fundamentos jurídicos da decisão. De acordo com Mihaela Webba, do ponto de vista jurídico”, o tribunal não tem fundamentos para anular a eleição de Adalberto Costa Júnior.
A impugnação do congresso foi solicitada por alguns alegados militantes da Unita que questionaram a legalidade da eleição de Adalberto Costa Júnior, por ter sido ainda portador da nacionalidade portuguesa, antes da realização do congresso.
“A Unita, no entanto, garante que Adalberto Costa Júnior renunciou à nacionalidade quando se candidatou, obedecendo às leis angolanas”.
Algumas horas antes destas notícias, entretanto, foi apresentada oficialmente a Frente Patriótica Unida (FPU), a plataforma que une a Unita, o Bloco Democrático e os membros do projecto Pra-Ja Servir Angola com o objectivo de tirar o MPLA do poder nas próximas eleições gerais de 2022.
O presidente da Unita, Adalberto Costa Júnior, foi o escolhido para liderar FPU, enquanto os líderes do projecto político Pra-Ja Servir Angola, Abel Chivukuvuku, e do Bloco Democrático, Filomeno Vieira Lopes, serão os coordenadores-adjuntos.
“A alternância que propomos à nação visa libertar o país do estagnante controlo partidário, do medo, do excessivo poder da oligarquia que asfixiam o desenvolvimento e fomentam a corrupção, que sugam a riqueza de todos e a todos empobrece. Mas também, da pequena corrupção que desorganiza o Estado na base”, discursou o coordenador da FPU.
Adalberto Costa Júnior defendeu ainda ser possível trabalhar “todos juntos e responder à vontade do soberano que é o povo e que tem pedido que nos juntemos para este objectivo”.