As obras de construção da primeira fase da refinaria de Cabinda, avaliadas em 230 milhões de dólares, iniciam em Junho do próximo ano, segundo avançou, ontem, em Cabinda, o presidente da GEMCORP, Reginald Crawford.
De acordo com o responsável, o grupo já começou a contratar os principais investidores de prestação de serviços para a execução dos trabalhos da primeira fase.
Conforme explicou, o custo global da execução das obras de construção da refinaria, localizada em Malembo, numa área de 313 hectares, está estimado em 920 milhões de dólares, divididos em três fases de implementação.
Para Reginald Crawford, os trabalhos da primeira fase, previstos para Junho, deverão ser concluídas em 2022, com uma capacidade inicial de processamento de 30 mil barris de petróleo por dia.
O gestor trabalhou em Cabinda, onde esteve acompanhado dos membros do Conselho de Gestão da refinaria, integrado pelas empresas Sonangol e a GEMCORP.
Dois mil empregos
O objectivo foi de constatar o estado do terreno, onde vai ser implementado o projecto. Na ocasião, adiantou que a segunda e terceira fase, cujo o termo está previsto para 2024, vão tornar o empreendimento numa refinaria de conversão total.
“A refinaria vai trazer um grande impacto económico para a província, com a criação de dois mil postos de trabalho. O projecto contempla, igualmente, um investimento avaliado em 700 mil dólares para o apoio às acções sociais junto das comunidades locais, no quadro da responsabilidade social da GEMCORP”, referiu.
Na ocasião, o governador provincial, Marcos Nhunga, mostrou-se satisfeito com o arranque dos trabalhos da construção da refinaria, o que vai contribuir no desenvolvimento económico da região e na diminuição dos índices do desemprego no seio dos jovens locais.
“É uma mais-valia o início das obras da refinaria de Cabinda, factor que vai impulsionar o crescimento económico da província mais ao Norte do país. Esta acção vai, igualmente, contribuir na diminuição dos índices de desemprego no seio da juventude”, sublinhou.
Impacto
Com a construção da refinaria, na comuna de Malembo, começa assim a tornar-se esta localidade numa Zona Económica Especial (ZEE), como a de Luanda, por ser lá onde também vai ser, igualmente, construído o Pólo Industrial de Fútila, um empreendimento que irá albergar várias unidades fabris, incluindo as de apoio à indústria petroquímica, servindo-se de um corredor para o resto do continente africano, com enormes valências para o empresariado.