Angola: “Oficiais na reforma” prometem sair à rua para exigir subsídios e outras dívidas em atraso

Os ex-militares reformados das Forças Armadas Angolanas (FAA), que suspenderam a manifestação programada para o mês de Fevereiro último, em Luanda, anunciaram esta semana que sairão as ruas no próximo sábado, dia 17, para exigir das autoridades o pagamento de uma dívida de mais de 300 milhões de kwanzas.

Os oficiais generais e outros oficiais na reforma da Caixa Social das FAA queixam-se de até agora nada ter sido feito, desde a última promessa do Estado, em Fevereiro último.

Agastados com tantas promessas não cumpridas decidiram sair à rua para exigir o pagamento da dívida desde 2009, anunciaram os oficiais em conferência de imprensa.

Alberto Nelson “Limukeno”, presidente da Associação dos Ex-militares de Angola pede ao Estado para pagar, pelo menos, sete dos 13 anos dessa dívida.

Segundo o brigadeiro e antigo combatente, desde a última promessa do Estado, em Fevereiro deste ano, não houve mais respostas e a reforma nunca foi paga.

Conforme o presidente da associação dos ex-oficiais generais, capitães e subalternos reformados, os ex-militares irão manifestar-se no próximo sábado em frente ao Palácio de Justiça, partindo antes do cemitério da Santa Ana, no período da tarde.

“O Estado que nos pague a nossa pensão por grau militar, que pague a dívida contraída desde Agosto de 2009 até à presente data. Pedimos para pagarem só metade, que nos paguem só sete anos e os seis anos ficam no esquecimento”, suplicou.

Em Fevereiro, a associação de ex-combatentes suspendeu uma manifestação depois de o Governo ter prometido atender às reivindicações e pagar metade da dívida, coisa que segundo os mesmos, não é cumprida.

A decisão de suspender a manifestação saiu de um encontro entre a associação e o ministro da Defesa Nacional e Veteranos da Pátria, João Ernesto Dos Santos “Liberdade”.

Segundo Alberto Nelson “Limukeno”, todos os oficiais generais, superiores e subalternos, a nível do País, sofrem com os cortes na reforma, aplicados com base no artigo 28.º do tempo de serviço nas Forças Armadas Angolanas (FAA), que estabelece que quem não completou 30 anos não pode receber a totalidade da pensão.

“Não tem nada a ver connosco, nós somos antigos combatentes e veteranos da pátria, somos provenientes das ex-FAPLA, FALA, ELNA, FLEC, não temos nada a ver com as FAA. Nós enfrentámos as batalhas de Kifangondo, Kuito Kuanavale, Ebo, Cangamba e outras batalhas, transformando Angola numa potência a nível da África e do mundo”, referiu.

 

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