Angola: Oposição diz que “nova lei eleitoral” abre portas à faude e instabilidade

Os principais partidos da oposição angolana teceram duras críticas à nova lei das eleições gerais ao afirmarem ela que abre as portas à fraude, aumenta a desconfiança no processo e pode levar à intabilidade após as próximas eleições. MPLA diz que críticas não têm razão de ser e que UNITA nunca quis reconchecer resultados eleitorais.

A Assembleia Nacional a aprovou a Lei Orgânica das Eleições Gerais com 126 votos do MPLA, partido maioritário, enquanto UNITA, CASA-CE e PRS, na oposição, votaram contra e a FNLA absteve-se.

Duas propostas estavam na mesa, uma do partido governante e outra da UNITA, e a ideia era chegar-se a um só documento.

Isso não foi possível devido ao impasse sobre a introdução dos dados biométricos dos eleitores, para se evitar a duplicidade de voto e o apuramento dos resultados a nível municipal e provincial.

O MPLA opôs-se a estas propostas defendendo no último caso que o apuramento deve ser feito só a nivel nacional.

A UNITA descreveu o actual diploma aprovado como lei da fraude

Mihaela Webba, vice-presidente da bancada parlamentar da UNITA, disse que os dados biométricos são essenciais porque “havendo por exemplo o voto antecipado 15 dias , quem vota aí, no dia do pleito, como a tinta indelevel saí com lixivia, pode esse eleitor voltar a votar”.

“Com o controlo biométrico isto não é possível, o MPLA negando isso, nós consideramos mesmo esta lei da fraude”, acrescentou.

A CASA-CE foi mais longe e através do líder do seu grupo parlamentar Alexandre Sebastião afirmou que isto pode perigar a estabildiade pós-eleitoral.

A falta de transparência ”cria suspeição … isto presumivelmente pode causar algumas convulsões, talvez e provável não aceitação dos resultados eleitorais pode causar convulsões e instabilidade”.

O Partido de Renovaçao Social considerou que o MPLA faz de tudo para a perpetuação do poder.

Por seu lado, o secretário-geral do partido, Rui Malopa, disse que com esta lei “o MPLA demonstra claramente que quer se perpetuar no poder a qualquer custo”.

“O PRS é totalmente contra”, acrescentou.

Para o MPLA a oposição não tem razão.

O deputado João Pinto afirmou que “e as eleições são gerais e nacionais e não locais, ora o apuramento é sempre nacional”.

“Mas porque que tem de ser sempre o MPLA a ceder se os outros é que estão errados? A dúvida que alguns têm é deles o problema é deles”, sulbinhou, lembrando que “durante muitos anos a UNITA nunca reconheceu as eleições considerando-as fraudulentas, só em 2022 é que vai reconhecer? Por amor de Deus! Temos que ser coerentes com a história”.

 

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