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Angola: Os jovens intelectuais vs dívida moral

As manifestações ganham corpo em Angola, momento que não é novo na história do país, e os intelectuais Angolanos, quase todos, senão todos que gozam de popularidade ou de cobertura nos holofotes da comunicação social do Regime ou GOLP-Governo Opressor das Liberdades do Povo, têm uma dívida moral com alguém do regime; sim, pois a prática de comprar cérebros por meio de financiamentos de projectos, quer académicos quer sociais vigora intensamente numa República que tarda a se democratizar para o bem das gerações vindouras.

Em sociedades democráticas teríamos um Cabingano Manuel, geração dos 80 à emitir uma palavra de apreço à família dos Jovens mortos pelo Policial nas manifestações de 24 de Outubro e ou 11 de Novembro, tal como fez recentemente aquando do passamento físico de outras figuras, não fosse a dívida moral com o financiador da sua formação no Brasil(in memória). Ou talvez uma legião de músicos que sofrendo com a falta de shows (bendito COVID-19) e de modos a garantirem as migalhas do Live no cubico, continuam calados obedecendo ao kota BK, que mesmo ofuscado pelo novo chefe, talvez por até ao momento não vergar-se em público, teríamos os nosso artistas Yola Semedo, Mátias Damásio, Edy Tussa, Ary, Pérola e tantos outros que em busca da fama venderam o que de mais importante podiam dar como exemplo aos jovens que de certo modo alimentam suas carreiras.

Jovens como Tito Cambanje, Luvualu de Carvalho, Mário Vaz, Big Nelo, Caló Pascoal, os Tunezas, e tantos outros silenciados por migalhas, jovens que deviam apoiar outros jovens, mas que escolheram o silêncio ensurdecedor e quando o contrário é um Deus nos acuda…

Hoje volvidos 45 anos de independência do Jugo colonial, vivemos oprimidos na nossa própria terra.

18 anos de paz, uma paz conseguida, não por via do diálogo, mas sim; por via da execução física daquela que deu a vida por Angola e pelos Angolano Dr. Jonas Savimbi (in memória), teimamos em nos diferenciar pelas cores partidárias, atrasando assim a realização de uma Angola para todos e por todos.

Por hoje ainda falta Água e energia elétrica, ainda temos corrupção em todos os sectores da governação, ainda temos a tal dita ORDEM SUPERIOR, enfim, ainda temos milhares de crianças fora do sistema de ensino.

Já perdemos muito tempo…

Já chega de jovens policiais maltratarem jovens civis por causa de mais velhos que se mostram incapazes de erguer Angola, unindo os Cabinda aos do Cunene e que não escutam o clamor das crianças que morrem diariamente de fome.

Por uma Angola Livre e Justa…

Pelos valores da cidadania e prosperidade de uma terra livre.

 

Adão Maria

FreeMind FreeWorld.Org

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