O secretário-geral do MPLA, Paulo Pombolo, admite que o seu partido não conseguiu concretizar as suas promessas feitas durante a campanha eleitoral de 2017.
“A crise económica, financeira e a pandemia da covid-19 são condicionantes que prejudicaram o bom desempenho do trabalho. Vamos sim, como dirigentes do partido, ajudar a província do Kuanza-Norte a sair desta situação”, disse Paulo Pombolo, no sábado, durante um encontro com os militantes, na cidade do Dondo, município de Cambambe.
“O exercício governativo desenvolvido desde 2017 está aquém dos objectivos a que o partido no poder em Angola se propôs no pleito eleitoral”, acrescentou Paulo Pombolo, reforçando que “o MPLA está empenhado na busca de soluções para inverter o actual quadro”.
Não obstante esse “constrangimento”, assegurou que o MPLA mantém-se comprometido com a causa dos cidadãos, “buscando alternativas para minimizar o impacto do actual contexto socioeconómico”.
O MPLA traçou, no fim-de-semana, na província do Kuanza Norte, estratégias para reforçar a sua hegemonia política na região nordeste País, (Bengo, Malanje e Kwanza Norte), onde desde as primeiras eleições gerais de 1992, o partido sempre elegeu todos os deputados nos círculos provinciais locais.
A vice-presidente do MPLA, Luísa Damião orientou nesta província um encontro que reuniu as direcções do MPLA das províncias do Bengo, Kuanza Norte e Malanje.
À margem do encontro, os membros do secretariado do Bureau Político efectuaram visitas às comunas da província do Kuanza Norte com o objectivo de constatar o grau de prontidão das estruturas intermédias e de base do partido, além de dialogar e incentivar os militantes, simpatizantes e amigos do partido a dinamizarem o trabalho político-partidário, por uma maior e melhor articulação com os cidadãos visando os prementes desafios político-eleitorais.
O último encontro deste género teve lugar no mês passado na província do Huambo, “onde o MPLA traçou estratégias para recuperar os cinco deputados que perdeu nas eleições gerais de 2017 no centro do País, durante o primeiro encontro inter-provincial de quadros da região centro-sul (Benguela, Bié, Huambo e Kwanza Sul)”.
Nas últimas eleições gerais de 2017 o MPLA venceu as eleições com cerca de 61,1 por cento dos votos válidos, elegendo João Lourenço como novo Presidente da República.
Com este resultado, que correspondeu a um total de 150 deputados para o MPLA, o partido conseguiu também manter a maioria qualificada (acima dos 147 deputados eleitos), apesar da forte quebra da votação face às eleições gerais de 2012, ao perder 25 deputados na Assembleia Nacional.