Contratado no ano passado para render Srdjan Vasilevic, a performance de Pedro Gonçalves à frente dos Palancas Negras, tem demonstrado que a sua escolha encalhou no tubo de ensaio.
Depois de 16 anos na formação do Sporting, começou a trabalhar com a formação do 1.º de Agosto, mas há cerca de 3 anos foi recrutado pela FAF. Se nos sub-17 teve sorte de qualificar os “Palanquinhas” para o mundial do Brasil, na selecção principal, não conseguiu cumprir com o principal objectivo para o qual foi contratado: qualificar os Palancas Negras para a fase final do CAN 2022.
No torneio de qualificação para o próximo CAN, o português soma três derrotas, duas delas em casa, um empate, o que deixa a selecção Nacional matematicamente afastada da Taça África das Nações.
Honorato Carlos Silva, jornalista do Jornal de Angola, num longo post publicado na sua página da rede social Facebook, diz que o treinador de 44 anos de idade, não era a melhor solução para lidar com os vícios dos Palancas Negras”.
Segundo ainda o jornalista, no Jornalismo, mais concretamente pela estrutura de uma Redacção, seja ela de jornal, rádio ou televisão, ninguém salta de jornalista de terceira ou segunda para chefe da Redacção, ou director. “A ascensão obedece a um percurso. Um trajecto consolidado no tempo. Como fez, no mesmo ramo do treinamento desportivo, Oliveira Gonçalves”, recorda.
Na sua visão, Angola “está apenas a pagar a factura do salto meteórico de um profissional talhado para a formação, a quem o tempo ainda não deu o tempo suficiente para criar calos na gestão de graúdos. Aqui o LOW COST (baixo custo) encalhou no tubo de ensaio em que se transformou a Selecção Nacional. Tive a coragem de dizer, antes da preliminar da corrida ao Mundial Qatar’2022, que a emenda será pior que o soneto. Fui tomado por agitador. Inimigo da direcção da FAF. Mas não precisei esperar muito. A “forte” Gâmbia encarregou-se de destapar as cubas do nosso retrocesso, com aquele arreliador 1-3, em pleno 11 de Novembro. Os Palancas Negras passaram, num estalar de dedos, a jogar pior do que fizeram nos consulados de Beto Bianchi e Srdjan Vasiljevic”, lembra.
Critico acérrimo da gestão de Artur Almeida e Silva, o jornalista defende, “não é por colocar seis avançados que uma equipa, é demolidora no ataque, também não é líquido que alinhar uma catrefada de defesas torna a baliza inviolada. Quem joga para não perder, arrisca-se a não ganhar”, conclui.