O Presidente angolano, João Lourenço, enalteceu hoje a missão da Polícia Nacional de Angola (PNA), que cumpre o 45.º aniversário, destacando o seu papel como garante da legalidade institucional, integridade territorial e segurança e estabilidade social
Numa mensagem de felicitações dirigida à PNA, João Lourenço, também comandante-em-chefe das Forças Armadas realça que esta força “tem vindo a cumprir a sua honrosa e elevada missão, fiel ao espírito de defesa da paz, da integridade territorial, da segurança e estabilidade social e de garantia da legalidade institucional”.
Criada poucos meses depois da independência, a Polícia Nacional tem sido criticada nos últimos tempos pelo uso excessivo de força na repressão de manifestações, sendo o caso mais recente os incidentes na vila mineira de Cafufo de que resultaram várias mortes devido a uma alegada invasão de uma esquadra, que o governo classificou como “um ato de rebelião”.
João Lourenço, que destaca a modernização e melhoria da formação dos efetivos da PNA, “superando a falta de meios, de equipamentos e efetivos dos primeiros anos”, sublinha que as forças policiais se têm dotado de “meios cada vez mais sofisticados e eficazes para exercer uma grande variedade de funções na defesa da ordem pública e da vida e bens dos cidadãos”.
O Presidente da República conclui a mensagem exaltando “a memória dos que deram as suas vidas pela pátria” e expressando solidariedade às famílias dos efetivos que “nestas quatro décadas e meia perderam as suas vidas no exercício da sua nobre missão”.
Também o Ministro de Estado e Chefe da Casa de Segurança da Presidência da República, General – Pedro Sebastião, felicitou a PNA, hoje, em Luanda, discursando no ato central das comemorações do 28 de fevereiro, que tiveram lugar no Instituto Superior de Ciências Policiais.
Mostrou, no entanto, preocupação com situações que mancham a corporação face a registos de má atuação policial, encorajando os efetivos a responder à altura das suas responsabilidades, enquanto detentores de meios para impor a ordem e a segurança pública “lá onde ela for ferida”.
“É a nossa tarefa que deve ser exercida e cumprida sem paternalismo e muito menos sem excesso, que podem desvirtuar a essência da vossa missão que, de resto é muito bem sublinhada no lema: Pela ordem e Pela Paz ao Serviço da Nação”, concluiu o também general das Forças Armadas Angolanas, citado na página oficial de Facebook da PNA.
Pedro Sebastião, que representou, na ocasião, João Loureço, destacou o papel da Polícia também a nível da cooperação internacional, com a participação no processo de formação e preparação profissional, nos seus estabelecimentos de ensino e centros de formação, de efetivos policiais de Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Princípe, Namíbia, Zâmbia, República Democrática do Congo, Guiné Equatorial e República Centro Africana.