Angola: Serviço de Investigação Criminal (SIC) “detiveram” homem que falsificava vistos para Portugal e Brasil

O Serviço de Investigação Criminal (SIC) de Angola deteve, em Luanda, um homem que prometia vistos de viagem para Portugal e Brasil, a troco de avultadas somas monetárias, informou o porta-voz da instituição policial.

Segundo o diretor do gabinete de comunicação institucional e de imprensa do SIC, superintendente de investigação criminal Manuel Halaiwa, o suspeito fazia-se passar por agente de viagem e prometeu, pelo valor de mais de 1,6 milhões de kwanzas (3.696 euros), conseguir vistos para o Brasil para um cidadão angolano, a sua mulher e filho.

Manuel Halaiwa disse que o homem incorre nos crimes de burla por defraudação e falsificação de documentos, salientando que, por pressão da vítima, acabou por falsificar os vistos.

“Este indivíduo falsificou o documento, fez o scanner num cyber café das vinhetas que são utilizadas neste ato migratório como se de vistos autênticos se tratassem, quando na verdade é um visto de turismo para a República Federativa o Brasil falsificado, os vistos não têm valor nenhum”, disse.

O porta-voz do SIC sublinhou que recentemente foi igualmente detido outro cidadão envolvido em caso do género, mas as investigações indicam que não há conexão entre ambos.

“Aquele foi detido por estar a extorquir várias pessoas que queriam tratar o visto. É extorsão, as pessoas estão na aflição e pretendem um visto e eles oferecem-se como tendo capacidade para o fazer, com urgência, rapidez ou celeridade e as pessoas pagam os valores estipulados, são valores avultados”, frisou.

Manuel Halaiwa realçou que a diferença entre ambos está no facto de, neste último caso, o detido falsificar os vistos enquanto no primeiro os vistos seriam verdadeiros.

“Ele disse que burlou a pessoa e sabia que não ia funcionar, estava consciente disso e que de certa forma a pessoa havia de descobrir, mas como ele precisava de dinheiro deu o golpe.”, frisou.

Na primeira detenção, explicou Manuel Halaiwa, os vistos são verdadeiros, “só que obtidos de forma não oficial, através do tráfico de influência”.

“Por isso estamos a presumir que eles devem ter pessoas junto desses consulados que estão a facilitar esta ação. As investigações continuam e nas investigações que fizemos o acusado diz que o dinheiro é entregue a um suposto funcionário do consulado”, ajuntou o investigador criminal, admitindo que “além desses dois indivíduos pode haver outros falsos intermediários a atuarem da mesma forma para conseguirem dinheiro”.

 

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