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Angola: Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES) vão retomar à greve por “falta de consenso”

O Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES) angolano poderá retomar a greve, deliberada na assembleia-geral de trabalhadores para 27 deste mês, face à falta de novidades da parte do Governo na resolução das reivindicações.

“Estamos a acabar de terminar agora o encontro, basicamente o que ocorreu de facto é que fomos convidados para dizerem que não há nenhuma novidade, em resumo podemos dizer isso”, afirmou à Lusa o porta-voz do Sinpes.

António Augusto frisou que a data de 27 de junho, para a retoma da greve em caso de não haver consensos, consta de uma deliberação que tinha decidido interpolar a greve por um mês.

Segundo o porta-voz do Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES), ainda faltam cinco dias até ao fim do prazo e foi deixada a preocupação ao Governo no sentido de “ainda impedirem” que se volte à greve.

“Mas para que isso aconteça, precisamos de alguma coisa palpável para apresentar aos filiados e talvez, assim, mudarem de pensamento, porque estamos no final do ano”, frisou.

O sindicalista disse que os docentes têm consciência que os dois pontos que os opõe ao Governo transcendem o nível da ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologias e Inovação, observando que este assunto já tinha sido enviado ao titular do poder executivo.

Em causa está o reajuste salarial, o subsídio de saúde, cujos valores estão desajustados à realidade atual.

“Estamos a pedir salários condignos, não podemos falar de aumentos, porque é reajustamento. Se recuarmos no tempo vamos ver que professores auxiliares já auferiam um salário, à taxa do câmbio na altura de um dólar por 10 kwanzas, equivalente a 3.000 dólares, que hoje equivale a menos de 500 dólares”, destacou.

O porta-voz do Sindicato dos Professores do Ensino Superior (SINPES) referiu que o Governo alegou que o Orçamento Geral do Estado (OGE) para o exercício económico deste ano não prevê esta inclusão.

“Este é o terceiro orçamento desde que assinámos o memorando de entendimento em 2021 e foi basicamente na época de preparação do orçamento, que nós assinamos este memorando, nesse ano não foi incluso, o ano passado também foi o mesmo e caricatamente hoje, 2023, (…) dizem que não houve inclusão desses aspetos”, sublinhou.

António Augusto reiterou que se antes do dia 27 houver algum pronunciamento contrário do Governo, será convocada a assembleia para que a comunidade reflita sobre uma hipotética proposta.

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