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Angola: Taxistas do Cuango e Cafunfo saem às ruas no dia 10 de Dezembro para exigir reabilitação da estrada que liga sede do município ao Luremo

Há muito que os habitantes do município do Cuango têm clamado ao Presidente da República João Lourenço, face à posição “ditatorial” do Ernesto Muangala, governador “mimoso” do actual chefe de Estado e o incompetente, que já veio a dirigir se forma errada a província, sem quaisquer mudanças, o que muitos entendem e consideram ser objectivos do MPLA, que não quer ver qualquer desenvolvimento na região rica em diamantes e outros minerais, mantendo-se a sua população na miséria e pobreza.

A cada dia que passa o nível de descontentamento no seio das populações da região do Cuango que compreende o município sede, sector de Cafunfo e a comuna de Luremo, em consequência das inúmeras dificuldades que enfrentam na circulação de pessoas e bens, devido ao estado caótico em que se encontra a via principal que liga o Cuango ao Luremo, passando pela vila diamantífera de Cafunfo.

Entre as vozes que protestam as más condições do troço em causa, constam os taxistas, moto-taxistas e demais automobilistas, que falam em “autêntico perigo de morte as condições em que circulam as viaturas contentorizadas”.
A população local atribui “cartão vermelho” ao titular da província Ernesto Muangala, por no entender daqueles habitantes, “ser cúmplice pela degradação total da região que sofre exploração de diamantes sem beneficiar os donos da terra”.

“A culpa é de facto do um dirigente que governa a província a caminho de 13 anos, sem a piedade de verificar quais são as dificuldades que os habitantes deste município vive, ao ponto de não permitir a utilização da única estrada que está em condições, mas que foi privatizada apenas para os governantes e dirigentes do partido no poder”, disse um dos munícipes.

“Só é permitida a circulação nesta via os administradores, brigadeiros, generais, comandantes da Polícia Nacional, 2º Secretário do MPLA, assim como os familiares e amigos mais privilegiados do partido no poder, e os habitantes enfrentam séries de dificuldades, que causa a especulação de preços a nível da região sob olhar cúmplice desses marajá”, afirmou outro automobilista.

Para protestar tal medida que segundo afirmam, já dura há vários anos, os activistas do Cuango e Cafunfo, agendaram para o próximo dia 10 de Dezembro, uma manifestação na região, para dizer “não a discriminação e exigir melhores condições de vida”.

Os taxistas apelam, no entanto ao governo da Central, na pessoa do Titular do Poder Executivo João Lourenço, que para eles “é um Mimoso que mima governador Ernesto Muangala”, para que resolva a situação da estrada “antes que não haja fricções dentro nos próximos dias”, uma vez que pretendem “paralisar a circulação de pessoas e bens da sexta básica, que são necessários para essas localidades do Cuango”.

“E se isto não tiver solução, o nosso lema é o governador e MPLA em 2022 vão gostar, porque as vias de comunicação, sobretudo terrestres são imprescindíveis no processo de desenvolvimento cultural, económico, social e humano”, disse um dos jovens.

Refira-se que, a “Estada Nacional” que une a sede municipal do Cuango à comuna de Luremo até à fronteira com a República Democrática do Congo (RDC), dá acesso igualmente ao município de Caungula.

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