Administração Municipal do Cazenga, Luanda, está alegadamente a trabalhar na criação de brigadas, no sentido de proporcionar vigilância comunitária, um grupo de cidadãos, cuja actividade se assemelha à truma do Apito no município do Sambizanga.
Em declarações à Rádio Nacional de Angola (RNA), o Administrador Municipal do Cazenga, Tomás Bica, afirmou que, no âmbito do programa de combate à criminalidade, as brigadas de vigilância serão um facto naquele município, sendo que já existe um programa de implementação.
A ideia, conforme referiu, é que se assemelhem à brigada de vigilância do Sambizanga, a famosa “Turma do Apito”, uma milícia também implementada pelo mesmo administrador.
Neste sentido, as referidas brigadas no Cazenga, serão aplicadas em função da realidade do município.
O administrador, Tomás Bica, aquando da sua chegada ao município, foi acusado de ter ordenado o acto de vandalização do mural, cujas imagens destruídas com óleo queimado, destacam-se José Patrocínio morto em 2019, Carbono Casimiro em 2019 e Inocêncio Matos em 2020, após este ter escolhido o espaço para receber “bênção tradicional” dos sobas do município.
Conforme alegações, alguns activistas com objectivo principal, falar com o administrador, acerca do referido mural de cidadania que foi vandalizado, a mando de Tomás Bica que terá ordenado jovens do MPLA para o referido trabalho, foram detidos e acusados de vandalismo na administração.
Vale recordar que, para além de outros actos de “terroristas” a milícia constituída e autorizada a realizar patrulhamento, manter a ordem e tranquilidade públicas, no distrito do Sambizanga, Turma do Apito, de Tomás Bica, quando administrador, foi acusada de ter torturado e queimado um jovem inocente, João Zage, o que os familiares consideram ajustede contas.
Sob o olhar da polícia, até finais de 2020, contavam moradores, a referida milícia criada por Tomás Bica, desobedecia os critérios implementados pelo Comando Provincial da Polícia Nacional, numa reunião realizada com altas patentes da corporação, tornando-se, desta feita, num autêntico perigo para as populações no Sambizanga e arredores.