Angola: UNITA abriu processo crime contra “João Lourenço” por comprar votos nas eleições de 2017, diz presidente Adalberto Costa Júnior

O presidente do maior partido da oposição angolana, UNITA, afirmou nesta sexta-feira 9 de Julho, em Luanda que, o actual presidente da República, João Lourenço, comprou votos nas eleições gerais de 2017.

Os pronunciamentos foram feitos durante o encontro que este líder partidário manteve com a juventude angolana, no Complexo Sovismo, no município de Viana, no âmbito das comemorações do Dia 18 de Julho, instituído dia da JURA.

Na ocasião, Adalberto Costa Júnior, disse que depois das eleições gerais de 2017, que deram vitória ao MPLA, a UNITA moveu um processo crime contra João Lourenço, por fraude eleitoral, o que não teve uma resposta pontual junto do Tribunal Constitucional.

“Aliás, vocês sabiam quem trata do contencioso eleitoral? Quem trata? É o Tribunal Constitucional. João Lourenço comprou votos excessivamente e a UNITA abriu um processo crime contra o actual presidente de Angola”, afirmou ACJ.

Adalberto Costa Júnior, disse também que sempre teve consciência desde a sua candidatura para presidente do partido, de que, a questão mais complexa a ser debatida seria “o que fará a UNITA se o MPLA batotar nas eleições gerais de 2022”.

Quanto ao posicionamento da UNITA, relativamente à situação/ permanência do Presidente da CNE, Manico, Adalberto Júnior disse que é um assunto que não está encerrado, porquanto há duas queixas-crime contra, entregues ao Tribunal “ainda não está encerrado”.

Para o partido do Galo Negro, a posse de Manico como presidente da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), foi um autêntico desrespeito à Lei. “Tem dois processos contra esta posse. Foi dado posse a uma pessoa que não estava em condições para tal”.

“Se a UNITA ganhar as eleições e o MPLA fazer batotas, nós vamos abraçar os elementos mais complexos. Vamos usar se necessário os tribunais e lutaremos para esta causa. Tenhamos a absoluta certeza de que vamos ganhar o MPLA”, considerou ACJ.

Como sempre, prosseguiu, há outras estratégias que não podemos partilhar porque o adversário nos vai aplaudir pela ingenuidade.

Não vamos permitir que seja limitado a presença de observadores de país de outros continentes fora de África nas eleições. Tem tanta gente disponível para o efeito. O MPLA só aceita os seus “Companhoes”.

Segundo o político, o MPLA tem de provar que é um partido democrático, porque não é possível governar bem quando não se conhece na prática a matéria sobre a democracia. “É muita falta de sensibilidade de quem governa o País”.

Neste quesito, ACJ enalteceu o partido Bloco Democrático (BD), em termos de democracia, tendo admitido que aprendeu uma grande lição, aquando das eleições internas que houve recentemente naquele partido.

Por outra, a UNITA, atráves do seu presidente desafiou os líderes de diversas organizações para sentar e trabalhar juntos, no sentido de se evitar a repetição de erros do passado. “Ali sim podemos falar e partilhar estratégias com maior profundidade. A responsabilidade que temos é muito grande”.

 

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