A venda de divisas, no primeiro semestre do ano de 2020, registou um decréscimo de 77,23%, face ao primeiro semestre do período homólogo de 2019, em que se registo 85,81%, disse o director do Departamento de Controlo Cambial do Banco Nacional de Angola (BNA), Marcos Neto.
Segundo o gestor, que falava nessa quinta-feira no Ciclo Anual de Conferências do Banco Nacional de Angola (BNA), a redução deveu-se a liberalização do mercado cambial, onde as operadoras do sector petrolífero e as diamantíferas vendem suas divisas directamente aos bancos comerciais.
O essencial dessa política, explicou o responsável, reside em ter o câmbio do Kwanza flexível, sendo o seu valor face às moedas estrangeiras fixado de acordo com o mercado.
Disse que tal política facilita a dinâmica do mercado cambial do país e visa, dentre outros objectivos, diminuir as importações, aumentar as exportações e controlar a inflação.
Em função dessa medida adoptada em 2019, “o BNA intervém apenas no mercado interbancário por meio de leilões de divisas, com medidas de correcção ou ajuda da taxa de câmbio”.
Ainda durante o período em análise, as compras de divisas dos bancos comerciais a clientes aumentaram em cerca de 36 e 46%, face ao primeiro semestre de 2020 e 251,82% comparativamente ao primeiro semestre de 2019.
Como resultados positivos na compra de divisas, aponta-se o contínuo crescimento das vendas do sector petrolífero e do Ministério das Finanças no mercado.