O Presidente angolano autorizou a celebração de um contrato de empreitada, por ajuste direto, à Omatapalo para construir um pavilhão multiusos no Cuanza Norte, no valor de 23,8 milhões de dólares (24 milhões de euros), foi hoje anunciado.
Trata-se do primeiro procedimento de contratação simplificada autorizado desde que João Lourenço tomou posse, em 15 de setembro, para o seu segundo mandato.
A Omatapalo é um dos grupos empresariais que beneficiou de mais empreitadas, por adjudicação direta ou contratação simplificada, no anterior mandato de João Lourenço, a par da israelita Mitrelli, da angolana Carrinho e da Gemcorp, baseada no Reino Unido, como noticiou o semanário económico Expansão no início deste ano.
O Presidente angolano negou, no entanto, qualquer favorecimento a estas empresas.
O despacho presidencial assinado por João Lourenço justifica a obra com a necessidade de se criarem infraestruturas desportivas adequadas para a promoção da prática desportiva na província do Cuanza Norte, em cumprimento do Programa de Desenvolvimento Nacional.
Além da Omatapalo, vai estar envolvida na obra a construtora de origem libanesa Dar Angola, que terá a seu cargo a fiscalização da empreitada, um contrato no valor de 1,9 milhões de dólares (cerca de dois milhões de euros).
Num outro despacho presidencial, João Lourenço autoriza a despesa para adquirir serviços de consultoria de estudo e elaboração do Plano de Reestruturação do Fundo de Abandono, constituído por recursos financeiros das petrolíferas com vista a desmantelar os campos petrolíferos em fim de vida.
O contrato tem o valor de 1,8 milhões de dólares (1,9 milhões de euros) e será celebrado pela Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG).