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Angolanos esperam mais emprego e educação em 2023. João Lourenço, adverte que 2023 será de “grandes desafios porque o mundo vive uma incerteza sem precedentes”

À DW África vários cidadãos admitem que não conseguiram concretizar os seus projetos em 2022. O presidente angolano, João Lourenço, já disse que 2023 será de “grandes desafios porque o mundo vive uma incerteza sem precedentes”.

João André é um jovem angolano desempregado. Em 2023 espera encontrar um emprego para poder sustentar a sua família, num país onde o índice de desemprego rondou os 30,2% em 2022, segundo dados oficiais.

“Tenho mulher, tenho filho. O trabalho estava difícil e enfrentei muitos problemas”, lamenta.

Já Francisco Nguxi conseguiu montar uma pequena empresa em 2022. Este ano pretende voltar ao ensino superior para dar continuidade aos estudos embora o ano letivo 2023/2024 arranque apenas em outubro.

“A nível pessoal este é o grande feito. A nível profissional e de carreira em 2023 quero terminar a minha formação na universidade. Estou há muito tempo parado e quero terminar”, conta o jovem.

Ano de “grandes desafios”

No entanto, o Presidente angolano, João Lourenço admitiu que “2023 afigura-se como um ano de grandes desafios” por o mundo estar a viver “uma incerteza sem precedentes na história dos últimos 70 anos”.

“A situação exigirá a cada um de nós mais dedicação ao trabalho, mais unidade na ação para contrariarmos a tendência negativa da economia mundial. Temos fé que com trabalho, realismo e otimismo seremos capazes de ultrapassar sem grandes sobressaltos o momento difícil que o mundo vive”.

E isso só será possível, diz o chefe de Estado angolano, se “todos continuarem a consolidar o Estado democrático e de direito, uma sociedade inclusiva e de livre expressão, com direitos e oportunidades iguais de justiça e solidariedade social”.

Investimento no país

João Lourenço também promete que, em 2023, o seu Governo vai continuar a trabalhar “na diversificação da economia e na criação de emprego”.

“Vamos investir cada vez mais na educação e saúde porque só um povo educado e saudável pode competir com êxito os enormes desafios que o mundos nos impõe a todos os níveis”, assegurou.

Ao nível da educação esperam-se novas greves em 2023. O professores do ensino geral ameaçam retomar a paralisação no dia 16 de janeiro se, até lá, o Governo não atender às suas reivindicações que passam pela melhoria das condições salariais e de trabalho.

Também o Executivo tem até 27 de fevereiro para responder ao memorando de entendimento dos docentes das universidades públicas.

 

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