O Ataque a caravana da UNITA na província angolana do Cuando Cubango aconteceu no dia 12 e a UNITA disse que 10 pessoas ficaram feridas, a polícia aponta apenas quatro.
O secretário geral do MPLA refutou neste fim de semana em Luanda as acusações da UNITA de que os militantes do partido no poder atacaram uma caravana de deputados do principal partido da oposição que se dirigia a Cuito Cuanavale, na província de Cuando Cubango, na sexta-feira, 12.
Do ataque resultaram-se 10 feridos, segundo a UNITA, enquanto a Polícia Nacional (PN) diz que houve apenas quatro feridos.
Em declarações aos jornalistas, sábado, 13, na comuna da Funda, no Cacuaco, em Luanda, à margem do lançamento da campanha “Abril da Paz, do Amor e do Perdão-Mais Angola, Mais Cidadania”, Paulo Pombolo disse que “o MPLA pela sua dimensão, aliás é o partido da paz, somos nós, o MPLA, que lutamos para que esse país fosse pacificado, nós é que demos termo à guerra”.
Pombolo acusou ainda certos círculos políticos de incitação de militantes seus à “desobediência e promoção de intolerância política” e afirmou que os órgãos de defesa e degurança, sobretudo a Polícia Nacional, já estão a trabalhar no sentido de averiguar e encontrar a veracidade do que aconteceu no Cuito Cuanavale.
Em entrevista à FMFWorld.Org™, o deputado da UNITA, Maurílio Luyele, disse que “a meio do percurso encontramos uma barreira constituida por pessoas caraterizadas com camisolas do MPLA que bloquearam a estrada e que, de seguida, começaram a arremessar uma série de pedras para os nossos carros, tentamos ripostar como podíamos, mas tivemos de sair a correr”.
Quanto às causas do ataque, aquele parlamentar afirmou que “da forma como a barreira estava posicionada, foi um ato premeditado”.
Num primeiro momento, a UNITA informou que uma pessoa foi morta e quatro ficaram feridas, mas, num comunicado divulgado no sábado, 13, o grupo parlamentar do partido do “galo negro” corrigiu a primeira informação.
“Começaram de imediato a arremessar pedras, paus e outros objectos à delegação, tendo causado 10 feridos, dos quais 4 (quatro) graves e 1 (um) abandonado no terreno (inanimado), tido por falecido, cujo paradeiro, até ontem, era desconhecido, que foi resgatado e socorrido pelos bombeiros por volta das 17 horas mas apenas pelas 23 horas reanimado e recuperou a consciência, consequência dos traumatismos cranianos”.
Por seu lado, a PN de Cuando Cubango afirmou que “ao contrário do que se aventa, não houve registo de perdas humanas, constatou-se que houve quatro feridos, um dos quais foi socorrido pelas forças policiais para o Posto Médico comunal”.
A nota acrescenta que corporação reforçou “as medidas operacionais com as forças da Unidade de Reação e Patrulhamento para a reposição da ordem” e que “os órgãos de Polícia estão a trabalhar arduamente no sentido de identificar os seus autores, a fim de serem responsabilizados criminalmente”, conclui a nota da PN.