A Balança comercial angolana registou, no quarto trimestre de 2022, um saldo positivo na ordem dos 2,6 biliões de kwanzas (4,8 mil milhões de euros), representando uma diminuição das exportações e aumento das importações face ao período homólogo.
De acordo com o boletim do IV trimestre de 2022 sobre as Estatísticas do Comércio Externo do Instituto Nacional de Estatística (INE) de Angola, consultado hoje pela agência Lusa, o montante registado no IV trimestre de 2022 é resultante do comportamento do preço do petróleo.
O documento sublinha que o quarto trimestre de 2022 registou, face ao período homólogo, uma diminuição do valor total das exportações de -14,6% e um aumento das importações, no mesmo período, de 30,8%.
A Ásia foi o continente líder para as exportações angolanas, com 58%, seguindo-se a Europa (34,7%) e a América Central e do Sul (4,3%), em relação ao valor total.
Nas importações, os principais continentes foram a Ásia, com 51,0%, depois a Europa (31,7%), a América do Norte (6,3%) e a África (5,8%).
As estatísticas indicam que as exportações angolanas tiveram, no período em referência, como principal destino a China, com 40,1%, seguida dos Países Baixos (10,1%), Índia (9,0%), França (8,3%) e Reino Unido (5,4%).
Já as importações foram da China, com 18,5%, Coreia do Sul (12,8%), Portugal (10,9%), Índia (5,6%) e Países Baixos (5,0%).
No período em análise, os principais parceiros africanos de exportações foram a República Democrática do Congo (38,7%), Namíbia (19,6%), Gana (13,9%), República do Congo (10,2%) e África do Sul (8,0%), em relação ao valor total de África.
“Para as importações, no mesmo período, os principais parceiros africanos foram: África do Sul com 56,6%, Namíbia com 10,0%, Essuatíni com 8,6%, Marrocos com 8,2% e Egito com 3,3% em relação ao valor total de África”, referem os dados do INE.
Na lista das exportações, destacam-se os combustíveis (94,1%) e outros produtos, incluindo os diamantes, com 4,6% em relação ao valor total arrecadado no quarto trimestre de 2022.
Como nas exportações, nas importações, no mesmo período, destacam-se os combustíveis (20,5%), seguindo-se as máquinas, equipamentos e aparelhos (17,7%), agrícolas (16,7%), veículos e outros meios de transporte (9,0%) e químicos (8,6%) em relação ao valor total.
Segundo a classificação por grandes categorias económicas de bens, durante o período em análise, nas exportações lideraram os combustíveis (94,0%), os bens de consumo (4,8%) e bens intermédios (0,9%) do valor total.
Nas importações, foram os bens de consumo (33,4%), bens intermédios (28,4%), combustíveis (20,4%), e bens de capital (17,8%) em relação ao valor total.