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Sindicato dos Operadores de Justiça de Angola (SOJA) denuncia intimidações a “funcionários grevistas” da entidade empregadora

O Sindicato dos Operadores de Justiça de Angola (SOJA) denunciou hoje que os funcionários grevistas estão a receber intimidações da entidade empregadora, que se nega a pôr por escrito os acordos até aqui alcançados, informou a direção sindical. 

Segundo o secretário-geral do SOJA, Brito Teixeira, o SOJA deu início à greve, segunda-feira, enquanto a direção do sindicato respondia a um convite feito na sexta-feira por volta das 15:00, da direção do Conselho Superior da Magistratura Judicial (CSMJ).

“A reunião estava a correr de uma forma geral satisfatória, acontece que, discutidos os pontos do caderno reivindicativo, o SOJA sugeriu que a entidade empregadora reduzisse tudo o que foi dito por escrito, com a finalidade de elaborar um acordo para que os funcionários se sintam confortados diante deste acordo”, referiu Brito Teixeira.

O secretário-geral do SOJA sublinhou que “a entidade empregadora nega-se a proceder de tal forma, acreditando que o Soja e os funcionários fazem fé daquilo que é dito pelas palavras e não por escrita”.

“O Soja tem experiências não muito boas com o CSMJ, por isso sugere, insiste, que o conselho elabore um acordo e faça chegar ao Soja. Enquanto esta medida não acontecer nós vamos continuar em greve”, observou.

O sindicalista denunciou que no mesmo dia, por volta das 18:00, o conselho fez sair uma circular “a intimidar os funcionários, a ameaçar os funcionários”.

“É uma postura lamentável por parte do CSMJ, mas ainda assim estamos convictos que estamos a seguir o caminho que a lei nos permite seguir”, disse.

O responsável reiterou que a greve é de âmbito nacional, que “as províncias aderiram em massa”, fazendo fé que “o conselho venha repensar na sua posição”.

“Apelamos aos oficiais de justiça que tenham urbanidade, que tenham respeito pela instituição e que dias melhores virão”, exortou Brito Teixeira.

O SOJA reivindica há alguns anos melhores condições de trabalho, promoções na carreira, aprovação de um novo estatuto remuneratório, falta de transporte para diligências, subsídios e incentivos a nível dos tribunais.

 

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