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Banco Central de Angola (BNA) revê em alta previsão de inflação para “12% a 14%” devido ao efeito da depreciação recente da moeda nacional

O Banco Nacional de Angola (BNA) reviu em alta as suas previsões de inflação para o intervalo de 12% a 14% devido ao efeito da depreciação recente da moeda nacional.

O anuncio foi feito pelo governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Manuel Dias, após a reunião do Comité de Política Monetária (CPM).

Todavia, a revisão “não compromete o objetivo de médio prazo de alcançar uma taxa de inflação de um dígito”, sublinhou.

Em janeiro, o BNA esperava terminar o ano com uma taxa de inflação entre 9% e 11%.

Por outro lado, foi decidido manter inalterada a taxa de juro Banco Nacional de Angola (BNA) em 17%, aumentar a taxa de juro da Facilidade Permanente de Cedência de Liquidez para 17,5% e manter a taxa de juro da Facilidade Permanente de Absorção de Liquidez em 13,5%.

O BNA apontou, na base destas decisões, “o ressurgimento das pressões inflacionistas” devido à redução das receitas de exportação e consequente depreciação cambial.

“Além disso, tiveram também impacto sobre os preços as expectativas geradas em torno da redução dos subsídios ao preço da gasolina, bem como os constrangimentos resultantes da reorganização da venda ambulante”, justificou o banco central

Adicionalmente, o CPM decidiu flexibilizar o mecanismo da taxa de custódia sobre o excesso de liquidez dos bancos comerciais junto do Banco Nacional de Angola (BNA), cuja operacionalização será objeto de regulamentação específica.

A inflação homóloga fixou-se em junho nos 11,25%, um acréscimo de 0,63 pontos percentuais em relação ao período anterior.

No setor externo, “assistiu-se à deterioração dos termos de troca, o que contribuiu para a redução do saldo superavitário da conta de bens no primeiro semestre em 52,89%, reflexo da redução das receitas de exportação em 38,16%”, segundo um comunicado do CPM.

O ‘stock’ das Reservas Internacionais fixou-se em 13,68 mil milhões de dólares (12,17 mil milhões de euros) no final do mês de junho, o que representou um grau de cobertura de seis meses de importações de bens e serviços.

A próxima reunião do CPM vai ser realizada na cidade de Sumbe (província do Cuanza Sul), em 14 e 15 de setembro de 2023.

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