BPI suspende venda do “Banco de Fomento Angola” ao Grupo Carrinho e Gemcorp

O BPI decidiu suspender a venda da posição de 48,1% quer detém no Banco de Fomento Angola (BFA). Esta decisão já foi comunicada aos dois candidatos que tinham apresentado propostas de compra da participação, o grupo Carrinho e a Gemcorp, sabe a FMFWorld.Org.

Na carta enviada aos dois candidatos e também aos assessores envolvidos nesta operação, o BPI sublinha que a decisão tem efeitos imediatos e justifica-a pela contínua depreciação do kwanza, a moeda angolana.

Desde o passado mês de maio, a moeda angolana já registou uma queda de 37%, atingindo um valor de 804 kwanzas por dólar.

O BPI, liderado por João Pedro Oliveira e Costa, tinha mandatado a Exotix, uma boutique financeira especializada em operações de fusão e aquisição em África, para concretizar a operação.

O banco português, “detido pelos espanhóis do CaixaBank, tinha definido a quantia de 411 milhões de euros como o valor mínimo para alienar este ativo. o BFA é controlado maioritariamente 51,9%) pela Unitel, operadora de telecomunicações angolana que por sua vez pertence à Sonangol”.

Neste processo de venda, o BPI tinha definido o mês de julho como a data limite para os dois candidatos apresentarem ofertas finais vinculativas de compra dos 48,1% do BFA.

As propostas do grupo carrinho e da Gemcorp já tinham recebido luz verde do Banco Nacional de Angola (BNA).

“O Banco de Fomento Angola (BFA) tem ativos totais de cinco mil milhões de euros, cerca de 2,6 milhões de clientes e a sua quota de mercado em depósitos era de 14,5% em novembro”.

O governo angolano já anunciou que pretende dispersar em bolsa, através de um IPO (oferta pública inicial) parte da posição no BFA que é detida pela Unitel.

No ano passado, o BPI registou um lucro de 365 milhões de euros para o qual Angola contribuiu com 96 milhões de euros.

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