Brasil: Polícia fiscal angolana deteve três homens por “contrabando” de 60 mil litros de combustíveis

A Polícia Fiscal angolana deteve três pessoas por alegada tentativa de contrabando de cerca de 60 mil litros de combustível na baía de Luanda, anunciou hoje o responsável do órgão policial

Em declarações à imprensa, o segundo-comandante da Polícia Fiscal Aduaneira, subcomissário Júlio Vunge, disse que no dia 02 deste mês, depois de um aturado trabalho de inteligência, foi detetado na costa um grupo de indivíduos, que transbordava combustível de camiões-cisternas para revenda num dos navios fundeado na Baía de Luanda.

Júlio Vunge realçou que o descaminho de mercadoria subvencionada constitui uma infração penal, pelo que foram detidos os três indivíduos.

“Neste caso, os dois marinheiros que estavam dentro das duas chatas de apoio para transportar o combustível para o navio e o terceiro elemento que foi detido dentro da embarcação que servia como recetor deste produto”, explicou.

Segundo o segundo-comandante da Polícia Fiscal Aduaneira, o navio era utilizado pelos infratores como armazenagem desta mercadoria, para depois servir de venda a outras embarcações, nomeadamente de pesca ao longo da Baía de Luanda.

“Foi neste sentido que se realizou esta nossa operação e que serviu de detenção destes infratores. Foram apreendidos cerca de 60 mil litros de combustíveis”, salientou.

Instado a comentar a recente denúncia de pescadores sobre assaltos ocorridos em alto-mar, Júlio Vunge disse que a polícia fiscal tem tomado conhecimento deste tipo de incidentes ao longo da costa marítima.

“Mas consideramos ainda que são alguns atos isolados. Estamos a reunir o grupo operativo multissetorial para a fiscalização e vigilância marítima. O grupo é constituído por diferentes órgãos, têm uma certa intervenção da fiscalização, por formas a adequarmos as nossas medidas a conter esses ilícitos”, comentou.

A autoridade fiscal angolana admitiu que “são atos que normalmente ocorrem”, não sendo a primeira vez, “muitas vezes realizados na Baía de Luanda por indivíduos que, em determinados momentos o fazem de forma isolada. Praticam alguns furtos, alguns roubos, algumas ações às embarcações fundeadas e outras vezes a embarcações a navegarem na Baía de Luanda”.

“Estamos a concertar as nossas forças para conter estes ilícitos e estamos a trabalhar no sentido de determinar quem são essas pessoas. É certo que a dinâmica da criminalidade também evolui, com certeza esses marginais também procuram aperfeiçoar nos seus métodos de atuação”, disse.

Há um mês, indicou Júlio Vunge, foram detidos alguns elementos, que foram furtar algumas tintas numa embarcação fundeada na Baía de Luanda, tendo estes indivíduos contado com a colaboração dos marinheiros do navio.

“Detivemos os autores deste crime e também apreendemos os meios furtado. Nós temos estado cada vez mais a aperfeiçoar o mecanismo para conter todos os ilícitos que ocorrem”, reiterou.

A denúncia sobre os assaltos a mão armada em alto-mar foi feita na semana passada pela Associação de Pesca Artesanal, Semi-industrial e Industrial, que referem o roubo de pescado e motores das embarcações.

 

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