COVID-19: Angola quer vacinar diariamente “100 mil pessoas e atingir 7,8 milhões” até dezembro

Angola pretende vacinar 60% da população elegível do país contra a covid-19 até dezembro próximo, ou seja, 7,8 milhões de habitantes maiores de 18 anos, informou hoje a ministra da Saúde angolana, Sílvia Lutucuta

Para o alcance da meta, afirmou a governante angolana, as autoridades sanitárias precisam de imunizar diariamente 100.000 pessoas, exortando os cidadãos à aderirem aos postos de vacinação em “cumprimento do dever cívico e patriótico”.

A Comissão Multissetorial de Prevenção e Combate à Covid-19 anunciou hoje medidas mais restritivas para conter a propagação da covid-19 no país, cujo novo decreto sobre a situação de calamidade pública entra em vigor na sexta-feira, 01 de outubro.

Sílvia Lutucuta, que falava em conferência de imprensa no Centro de Imprensa Aníbal de Melo, em Luanda, deu conta que as variantes Alfa, Beta e Delta, que já têm circulação comunitária no país, estão a contribuir para o crescimento galopante da covid-19 no país.

Angola registou 644 casos positivos da covid-19, nas últimas 24 horas, maior recorde de novos casos desde o início da pandemia no país em março de 2019.

Para a ministra angolana, se os cidadãos não seguirem as orientações das entidades sanitárias “poderemos perder a luta” contra a covid-19: “Estão a morrer mais pessoas de covid-19 do que a malária”, enfatizou.

“E esse é o momento que temos que fazer uma introspeção, porque os cidadãos continuam a fazer ajuntamentos, festas familiares, não estão a usar máscaras, deixaram de lavar as mãos”, lamentou.

A adesão à vacinação, apelou, “é uma arma importante” de combate à covid-19.

Pelo menos 19 casos positivos de covid-19 foram registados em algumas escolas da capital angolana, recordou Sílvia Lutucuta, apelando às famílias para um cuidado redobrado para com as crianças.

Questionada pelos jornalistas se o registo de casos positivos em escolas não vai comprometer o presente ano escolar, a governante frisou que a situação “está em avaliação”, adiantando que será feito um “rastreio aleatório” a nível de escolas do país para se aferir o gráfico de propagação.

Em relação ao fabrico de vacinas contra a covid-19 em Angola, a ministra deu conta que o Governo angolano “está a avaliar as melhores opções”, porque, argumentou, “devem ser vacinas certificadas não apenas para o mercado nacional, mas também para a região”.

 

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