O chefe da Casa de Segurança do Presidente da República de Angola afirmou hoje que os meios governamentais deverão ser suficientes para transportar as vacinas contra a covid-19, sem excluir a possibilidade de abrir concursos “pontuais” para apoiar esta operação.
O general Pedro Sebastião, que falava hoje durante uma conferência de imprensa em Luanda, admitiu que o transporte das vacinas é “um desafio”, sublinhando que as Forças Armadas poderão também apoiar o esforço logístico que envolve vários ministérios, incluindo os dos Transportes e da Saúde.
“Não temos, em princípio, necessidade de recorrer a outros entes para o transporte das vacinas, mas onde for necessário, pontualmente, poderemos, na base de um concurso, estabelecer as modalidades que serão utilizadas para o transporte das vacinas”, afirmou o responsável, reforçando que os meios do governo deverão ser suficientes para fazer chegar as vacinas “onde for necessário”.
A campanha de vacinação contra a covid-19 em Angola, cujo arranque está previsto para fevereiro de 2021, vai ser realizada em três etapas, com prioridade para as pessoas com mais de 40 anos.
O Plano Nacional de Vacinação contra a covid-19 prevê a imunização na primeira fase de pessoas acima dos 40 anos, de grupos específicos – com comorbilidade, com elevada exposição (vendedores de mercados, motoristas de transportes públicos, moto-taxistas) e com idade avançada.
A segunda etapa vai abranger as pessoas dos 20 aos 39 anos, sendo que para os menores de 20 anos, deverá acontecer provavelmente em 2022.
Angola, que tem aproximadamente 30 milhões de habitantes, deverá receber 12 milhões de vacinas.
No total, Angola soma atualmente 18.254 casos confirmados, dos quais, 3.009 encontram-se em tratamento, 14.825 recuperaram da doença e 420 resultaram em morte.