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COVID-19: Luanda tem em circulação comunitária “variantes sul-africana e inglesa do coronavírus”

As autoridades sanitárias angolanas informaram hoje que a província de Luanda, capital do país, tem já circulação comunitária das variantes sul-africana e inglesa do novo coronavírus, com 120 e 14 casos positivos, respetivamente.

A informação foi divulgada pela diretora do Instituto Nacional de Investigação em Saúde, na apresentação da situação da covid-19 nas últimas 24 horas no país.

Segundo Joana Morais, desde o final de dezembro de 2020 que foi anunciado o aparecimento de quatro novas variantes de SARS-CoV-2, nomeadamente a de origem inglesa, sul-africana e duas brasileiras.

A responsável acrescentou que estas variantes são consideradas de elevada preocupação, tendo em conta que estão associadas a um aumento do número de casos e de internamentos hospitalares, que se devem a uma maior transmissibilidade e virulência do vírus, bem como de casos mais graves e de difícil recuperação.

“Devemos notar também que estas variantes foram identificadas em jovens adultos e em crianças, o que anteriormente não observamos”, frisou Joana Morais.

Em fevereiro deste ano, o Laboratório de Biologia Molecular do Instituto Nacional de Investigação em Saúde, em colaboração com o laboratório Crispy, da África do Sul, iniciou a vigilância genómica do vírus SARS-CoV-2, para estudar e identificar se estas variantes circulavam em Angola.

“Podemos informar que, até ao dia de hoje, foram sequenciadas 298 amostras positivas à covid-19 e os resultados obtidos identificaram 120 casos positivos para a variante sul-africana e 14 casos positivos da variante inglesa, ambas já com circulação comunitária na província de Luanda”, indicou a responsável sanitária angolana.

Por sua vez, a diretora nacional de Saúde Pública, Helga Freitas, disse que o país vacinou já, um mês passado da chegada das vacinas da AstraZeneca, um total de 245.442 pessoas de grupos de risco, em cinco províncias do país.

Entre as pessoas vacinadas, 153.270 são da província de Luanda, 38.890 de Benguela, 20.801 do Huambo, 17.564 da Huíla e 14.897 de Cabinda, sendo 59% do sexo masculino e 41% do sexo feminino.

Helga Freitas acrescentou que no grupo de risco, já foram vacinados 53.211 trabalhadores de saúde, 42.862 professores, 30.308 idosos com comorbidades associadas, 28.381 polícias, 25.103 militares, entre outros grupos que estão a ser protegidos com a primeira dose da vacina contra a covid-19.

Para as cerca de 170 mil pessoas de grupos de risco das 13 províncias ainda não vacinadas, a responsável informou que foram enviadas por via aérea na quinta-feira e hoje, com o apoio da Força Aérea Nacional, vacinas e material para a vacinação nas províncias da Lunda Norte, Lunda Sul, Moxico, Namibe, Cuando Cubango, Cunene, tendo para o Bengo, Zaire, Cuanza Norte, Uíje, Malanje, Bié e Cuanza Sul seguido por via terrestre.

“Para assegurar todo o apoio técnico a esse nível nas províncias, foram também deslocados 58 técnicos do nacional, bem como o apoio de parceiros da OMS [Organização Mundial de Saúde], Unicef [Fundo das Nações Unidas para a Infância] e da Gavi”, sublinhou.

O início da vacinação nestas províncias está agendado para 12 de abril, com a participação ativa dos governos provinciais.

A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.903.907 mortos no mundo, resultantes de mais de 133,9 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

 

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