Na África do Sul, as autoridades apreenderam 2.400 doses de vacinas falsas, ao passo que na China a polícia desmantelou uma rede criminosa. Para a Interpol, são apenas “a ponta do iceberg”.
A Interpol, organização policial de combate a crimes internacionais, anunciou esta quarta-feira que as autoridades sul-africanas e chinesas apreenderam milhares de vacinas falsas contra a Covid-19 nos seus países, tendo feito pelo menos 85 detenções.
Na África do Sul, as autoridades apreenderam 2.400 doses, num armazém na cidade de Germiston, na província de Gauteng, onde também confiscaram uma grande quantidade de máscaras de proteção individual, tendo detido três cidadãos chineses e um da Zâmbia.
Na China, a polícia desmantelou uma rede criminosa que vendia vacinas falsas, tendo detido 80 pessoas suspeitas e apreendido mais de três mil doses das vacinas.
Para Jürgen Stock, secretário-geral da Interpol, com sede em Lyon (sudeste da França), estas operações são apenas “a ponta do iceberg” do problema das vacinas falsificadas.
Num comunicado, o secretário-geral desta organização policial internacional explicou que as investigações continuam paralelamente às detenções na África do Sul e na China, esclarecendo que tem recebido “denúncias sobre a distribuição de vacinas falsas e tentativas de fraude na área da saúde, em particular em lares de idosos”.
A pandemia de Covid-19 provocou, pelo menos, 2.549.910 mortos no mundo, resultantes de mais de 114,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.