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COVID-19: Ministério da Saúde de Angola (MINSA) vai continuar a promover vacinação como “estratégia primordial” do controlo da doença

O Ministério da Saúde (MINSA) de Angola vai continuar a promover a vacinação contra a covid-19, “como estratégia primordial do controlo da doença”, depois de declarado o fim da emergência de saúde global pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em conferência de imprensa, o secretário de Estado para a Saúde Pública, Carlos Alberto Pinto, disse que Angola congratula-se com a declaração da OMS, “que significa uma vitória dos profissionais da saúde, comunidade científica e todos os outros atores, com realce para toda a população que consentiu inúmeros sacrifícios”.

Carlos Alberto Pinto referiu que a vacinação foi um elemento crucial para o controlo da fase de emergência da pandemia a nível global até à data.

“Assim sendo, continuará a promover a vacinação contra a covid-19 no país como estratégia primordial do controlo da doença para salvar vidas, baixar o número de casos graves e óbitos que ainda se vem registando no país”, disse o secretário de Estado para a Saúde Pública angolano.

O governante sublinhou que, atualmente, a cobertura vacinal em Angola é de 47% com pelo menos duas doses, salientando que para que ela seja efetiva na imunidade de grupo deve, segundo a OMS, estar acima de 85%, “sendo este o desafio do país para o qual todos são chamados a participar”.

“O Mistério da Saúde vai adequar o plano de contingências do país ao plano de gestão da covid-19 ao longo prazo da OMS 2023-2025, em que irá adotar recomendações adicionais para esta fase de transição às atuais medidas de acordo com a situação epidemiológica e a cobertura vacinal do país”, frisou.

Nesse sentido, Carlos Alberto Pinto fez um apelo, “uma vez mais, à população a aderir à vacinação, pois salva-vidas e permite à OMS a reduzir o nível de alerta”.

Angola notificou os dois primeiros casos de covid-19 em 21 de março de 2020, tendo registado 105.669 casos e 1.936 óbitos até ao dia 05 de maio do corrente ano, tendo passado por quatro vagas provocadas pelas variantes de preocupação mundial.

Carlos Alberto Pinto elogiou o sistema de saúde angolano por ter suportado à pressão da demanda, “sem nunca colapsar, garantindo a continuidade da prestação dos serviços de saúde à população”.

Em 02 de março de 2021, Angola incorporou a implementação do Plano de Vacinação, “o qual foi crucial para a gestão considerada de sucesso da pandemia no que ao número de casos graves e óbitos diz respeito”, indicou Carlos Alberto Pinto.

“Em função desse histórico, o Ministério da Saúde toma boa nota dos alertas do diretor-geral da OMS na sua declaração em relação à cautela e prudência no tratamento desta notícia”, observou, realçando que o processo da transição de emergência para a fase de controlo da covid-19 já está em curso.

O processo inclui algumas medidas, como a integração da vacina contra a covid-19 na vacina de rotina, ou seja, toda a população maior de 12 anos deve ter pelo menos duas doses; o reforço da vigilância epidemiológica, que significa a testagem de casos suspeitos e contactos e a notificação obrigatória de todos os casos positivos e dos óbitos, bem como a apresentação do certificado de vacina à entrada ou saída do país, ou, na sua falta, do teste negativo da covid-19.

Por sua vez, a representante da OMS em Angola, Djamila Cabral, sublinhou que “a pandemia da covid-19 não acabou, o que diminuiu foi o alerta” que o mundo enfrentou.

“Apelamos ao Ministério da Saúde para integrar nas atividades da covid-19, nomeadamente a vigilância e a resposta nos programas de saúde de rotina e mantemos o nosso compromisso para continuar a apoiar o país para atingir os melhores níveis de cobertura vacinal”, disse.

Segundo Djamila Cabral, a OMS vai também estabelecer um comité de revisão para desenvolver recomendações de longo prazo para a gestão da covid-19.

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou na sexta-feira o fim da emergência de saúde para a covid-19 a nível global, aceitando a recomendação do comité de emergência.

“No último ano, o comité de emergência e a OMS têm estado a analisar dos dados com cuidado, considerando quando seria o tempo certo para baixar o nível de alarme. Ontem, o comité de emergência reuniu-se pela 15.ª vez e recomendou-me que declarasse o fim da emergência global. Eu aceitei esse conselho”, afirmou Tedros Adhanom Ghebreyesus em conferência de imprensa.

Segundo afirmou, o levantamento da emergência de saúde pública global (PHEIC, na sigla em inglês), o nível mais alto de alerta que pode ser decretado pela organização, “não quer dizer que a covid-19 terminou como uma ameaça de saúde”.

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