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COVID-19: “Um morto e feridos” após operação da polícia na província do Bengo

Um morto e dois feridos é o resultado de uma operação da Polícia Nacional de Angola, no município do Bula Atumba, província do Bengo. Polícia disse que reagiu ao ataque, com armas brancas, dos cidadãos.

Os disparos da polícia nacional de Angola no município do Bula Atumba, no Bengo, aconteceram quando um grupo de jovens tentava realizar uma festa de convívio para assinalar a passagem de ano. O que deveria ser uma noite festiva, transformou-se em tristeza.

A polícia tentava impedir o evento para fazer cumprir as medidas restritivas de prevenção à Covid-19, que proíbe a realização de festas.

O porta-voz da delegação do interior no Bengo, Gaspar Luís, assumiu a autoria do disparo que acabou em morte.

Disparos

“Com objetivo de dispersar a multidão que envolvia a viatura da polícia, as nossas forças efetuaram alguns disparos que, infelizmente, atingiram um dos populares”, disse a fonte à DW África.

Segundo Luís, “as nossas forças orientaram os organizadores para encerrar as portas [da discoteca], mas a orientação não foi acatada”, explicou.

Na sequência, “decidimos apreender o aparelho de som, o que motivou a fúria da população, que decidiu partir para agressão às nossas forças”, acrescentou. Segundo o polícia, as pessoas estavam, na sua maioria, em estado de embriaguez.

Vítima

A vítima do disparo da polícia, Mario Miguel, completaria 24 anos em poucos dias. Um dos parentes, Domingos Pascoal, lamenta o sucedido e pede justiça.

“Hoje mantive um encontro com o comandante para ver a situação, ele pediu as cópias do bilhete dos envolvidos e disse que vai ver junto da administração o que se pode fazer”, explicou Pascoal à DW África.

Um sacerdote católico residente do munícipio Bula Atumba, na província do Bengo, falou sob anonimato e disse que agora a situação já está controlada.

Na sexta-feira (31.12), o último dia do ano, o  ministro do Interior angolano informou que a polícia nacional “não toleraria incumprimentos” das medidas de proteção contra a Covid-19 e “usaria todos os meios ao seu alcance” para travar a propagação e “responsabilizar” os incumpridores.

Decreto

No mesmo dia, o coordenador da Comissão Multissetorial de Prevenção e Combate à Covid-19, Francisco Pereira Furtado, apresentou um decreto presidencial a atualizar as medidas de situação de calamidade pública.

As medidas restritivas, plasmadas no decreto, que atualizava o decreto anterior, vigora entre 03 e 15 de janeiro de 2022, e visam conter a propagação da doença, quando Angola regista diariamente um elevado número de novos casos.

O país africano que já regista a circulação da variante Ómicron está a alcançar uma taxa diária de positividade entre 25% e 30%, segundo as autoridades.

Angola, que há mais de um ano vive situação de calamidade pública, totaliza mais de 81 mil casos positivos, cerca de 64.500 recuperados, 15.290 casos ativos e 1.770 óbitos.

 

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