COVID-19: “Variante ómicron” faz disparar casos e eleva taxa de positividade

A variante ómicron mudou o cenário do combate à Covid-19, depois dos casos terem caído à medida que a taxa de vacinação ia aumentado. Angola e Cabo Verde registam altas taxas de positividade diária.

Embora seja, segundo dados dos cientistas, menos grave que a variante Delta, é mais contagiosa e por isso tem levado as pessoas contaminadas a novos confinamentos e a aumentar preocupações quanto a mais restrições.

Em Angola, a 2 de Dezembro de 2021, o país registou 25 casos em 2.313 testes PCR, o que representava uma taxa de positividade de 1%, num dia sem registo de óbitos.

No passado domingo, 2, com um número de testes semelhante foram diagnosticados 522 casos, o que significa que 37 em cada 100 pessoas testaram positivo, ou seja, 20 vezes mais em apenas um mês.

O número de óbitos não evoluiu na mesma proporção, mantendo a média de 1,4 no mesmo período, embora tenha havido dias sem qualquer vítima mortal.

Entre segunda e terça-feiras, foram registados 902 casos e três mortes.

Desde o início da pandemia, em Março de 2020, o país tem um total acumulado de 83.822 casos, dos quais 1.722 resultaram em óbitos.

Em Cabo Verde, com o país a bater mais recorde de casos, 1.025 casos entre segunda e terça-feira, o Presidente da República, José Maria Neves, e o primeiro-ministro Ulisses Correia e Silva, farão uma comunicação ao país na quarta-feira, 5.

Ao mesmo tempo, “as autoridades sanitárias confirmaram depois de muitas suspeitas a presença da variante ómicron no país, que está na origem do aumento da taxa de positividade para cerca de 38 por cento”.

Mais de 80% das amostras enviadas ao Instituto Pasteur, no Senega,l para confirmar a circulação do ómicron em Cabo Verde testaram positivas.

Nesta terça-feira, 4, o Ministério da Saúde indicou que a taxa de positividade sugiu para 34,1% e que há novos casos nos 22 municípios.

Até meados de Dezembro, a média de casos diários raramente chegava aos 20, fruto em grande parte do facto de mais de 70 por cento da população estar completamente vacinada e mais de 83 por cento ter recebido pelo menos uma dose.

O total acumulado é de 44.592 casos e o número de óbitos é de 354.

Mais mortes

Em Moçambique, um pouco ao contrário da corrente, o número de mortes associadas à Covid-19 subiu para 58 na última semana, mais do dobro do cumulativo semanal de 21 óbitos registados até terça-feira da semana passada.

Os novos números indicam um crescimento da mortalidade no país, tendo sido registado um recorde de 12 óbitos por dia na última semana.

Desde março de 2020, Moçambique tem um total acumulado de 2.031 óbitos e 193.371 casos.

São Tomé e Príncipe registou a sua primeira morte por Covid-19 em vários meses e depois de um mês sem casos, viu os números disparar desde meados de Dezembro.

Na última semana foram notificadas 170 novas infecções, incluindo 33 de domingo para segunda-feira, de acordo com Ministério da Saúde.

O país tem um acumulado de 3.945 casos de infecção, que resultaram em 58 mortos.

Na Guiné-Bissau, o Alto Comissariado para a Covid-19 revelou que entre 27 de Dezembro e 2 de Janeiro, foram registados mais 33 novos casos para um total acumulado de 6.499.

O número de vítimas mortais mantém-se nos 149.

 

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