Deputados do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) defendem “o presidente João Lourenço” e atacam UNITA

Em clima de tensão na Assembleia Nacional, deputados do partido no poder acusam a UNITA de “colocar em causa” a imagem do chefe de Estado, João Lourenço. Mas a oposição minimizou o “nervosismo” dos “camaradas”.

Na sessão plenária da Assembleia Nacional, os deputados do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) reagiram à proposta da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) de destituir o Presidente angolano, João Lourenço, acusando a oposição de estar a recorrer a táticas de desinformação.

Apoio incondicional a João Lourenço

Nas discussões, em plenário, sobre os projetos de lei de autorização legislativa que autoriza do Presidente angolano a deduzir o prémio de investimento em sede do Imposto sobre o Rendimento de Petróleo nas Concessões dos blocos 18/15, 46 e 47, os deputados da UNITA criticaram a atual realidade do país e os deputados do MPLA, em resposta, manifestaram-se “solidários” com João Lourenço.

“Aproveito o ensejo para encorajar o camarada Presidente da República no sentido de continuar para o bem-estar dos angolanos, estamos consigo camarada Presidente”, disse a deputada do MPLA, Helena Vando Marciano, no final da sua intervenção.

Quem também interveio e disse “estar” com o Presidente angolano, também líder do MPLA, foi o deputado dos “camaradas”, Armando Capunda, recordando que João Lourenço “foi legitimamente eleito pelo povo angolano”.

UNITA quer destituir Presidente de Angola

O grupo parlamentar da UNITA apresentou, há uma semana, uma proposta de destituição de João Lourenço, alegando que o Presidente angolano “subverteu o processo democrático no país e consolidou um regime autoritário que atenta contra a paz”.

Fundamentos doutrinários, político-constitucionais e políticos de desempenho constituem os eixos da iniciativa da UNITA, referindo que a governação de João Lourenço “é contra a democracia, contra a paz social e contra a independência nacional”.

Em reação, um dia depois, o MPLA acusou a UNITA de ser “irresponsável” e de querer ascender ao poder “sem legitimação”, afirmando que os seus deputados vão tomar providências para impedir que o parlamento angolano seja instrumentalizado.

Esta quarta-feira, o deputado do MPLA João Pilamosi Domingos disse que a UNITA quer “a todo o custo criar o caos entre os angolanos recorrendo à desinformação, semeando notícias falsas, colocando em causa a imagem do Presidente da República”.

“E (criar), acima de tudo, o sentimento de insegurança às populações, como se não bastasse, acreditam mesmo que seriam capazes de desestruturar a unidade e coesão no seio do MPLA”, apontou.

 

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