A UNITA entregou hoje ao Tribunal Constitucional a sua candidatura às eleições gerais. O líder do partido, Adalberto Costa Júnior, candidata-se à Presidência da República. Abel Chivukuvuku é o número dois na lista.
A lista da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) tem 130 efetivos e 45 suplentes. À frente, como cabeça de lista e candidato a Presidente da República, está Adalberto Costa Júnior. Em segundo lugar aparece Abel Chivukuvuku.
Em declarações à DW África, o porta-voz da UNITA, Marcial Dachala, confirma apenas os primeiros dois nomes na lista.
“A lista é composta pelas personalidades da UNITA, das forças que, com a UNITA, concorrem sob os símbolos da UNITA, personalidades de forças políticas agregadas à UNITA e personalidades da sociedade civil”, diz Dachala. “Quando for publicada pelo Tribunal Constitucional, as pessoas saberão exatamente as personalidades que integram a lista”.
Durante a entrega da candidatura da UNITA, esta terça-feira (21.06), dezenas de pessoas, alegadamente militantes do partido, protestaram em frente ao tribunal, mostrando-se descontentes com a lista submetida.
“Abel Chivukuvuvku e os seus Sequazes na Lista da UNITA Não!”, lia-se num dos cartazes empunhados pelos manifestantes.
Rejuvenescimento da lista?
O partido garante, no entanto, que a sua candidatura às eleições de 24 de agosto abre a porta a uma “nova geração”.
Há pouco mais de uma semana, o Novo Jornal avançou que três figuras da “velha guarda” do partido teriam colocado os seus lugares à disposição: Abílio Kamalata Numa, Lukamba Paulo “Gato” e Albano Chassanha.
Nestas eleições, o grande objetivo da UNITA – que integra a plataforma Frente Patriótica Unida (FPU) juntamente com Bloco Democrático e o PRA JA – Servir Angola, de Abel Chivukuvuku – é destronar o Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) do poder, após quase meio século de governação.
Angola “necessita de alternância política como precisa do oxigénio para respirar”, diz o porta-voz da UNITA, Marcial Dachala.
“Eu acho que o que estamos a fazer é algo de particularmente inovador. Neste momento, o grande objetivo é a união de sinergias, de inteligências, saberes e vontades para a alternância do poder político”.
Dachala promete que o programa eleitoral do partido será apresentado em breve.